Ray Melo, da redação de ac24horas
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Antes mesmo da votação dos requerimentos de Major Rocha (PSDB), que pede que os delegados que participaram da Operação Delivery da Polícia Civil, que investiga a exploração sexual, compareçam a Aleac, para esclarecer as denúncias de coação de testemunhas e acusados, os deputados da base governistas rechaçaram a proposta do oposicionista.
O líder do governo na Aleac, deputado Astério Moreira (PEN) disse na manhã desta quarta-feira (13), que recusou no requerimento para que membros da Polícia Civil e do Ministério Público (MPE) comparecessem ao Poder Legislativo para esclarecer denúncias de envolvidos nas investigações de exploração sexual na Operação Delivery da Polícia Civil.
“ Fiz uma consulta da legalidade do requerimento ampliando a vinda da Polícia Civil e do Ministério Público, para tratar do assunto levantado pelo deputado Rocha, mas a Operação Delivery já passou da primeira e da segunda fase, está na última fase. O processo corre em segredo de Justiça e não pode ser debatido nesta Casa”, diz Astério Moreira.
Segundo o governista, é preciso ter “bom senso, prudência, moderação e equilíbrio, respeitando as instituições e a todos que acompanharam o processo. Eu não apresentarei meu requerimento. Acho temerário e imprudente e até no meu caso, pelo processo está em segredo de Justiça, devo agir com responsabilidade”, acrescenta Moreira.
Para Astério Moreira, “nós temos que ter um grau altíssimo de responsabilidade para preservar a imagem do MP e da Polícia Civil e Vara de Infância e da Juventude. É uma questão gravíssima que envolve uma série de pessoas. Nós, como deputados, temos nosso papel, mas há desdobramentos que vão muito adiante, que podem afetar a imagem desta Casa”.
Os deputados da base governista tentaram desmoralizar o requerimento de Major Rocha, que teria pedido o comparecimento apenas dos delegados, não de membros do MP e Judiciário. Walter Prado (PEN) disse que não votaria em nenhum requerimento que buscasse explicações sobre a Operação Delivery. “Estaríamos cometendo um crime fazendo este debate”, diz Prado.
Os governistas usaram a tribuna para tentar desqualificar a proposta do oposicionista, que foi citado por Jardel Nogueira, que teria afirmado que os delegados queriam que ele incriminasse o deputado Rocha. Outros dois acusados denunciaram coação na coleta dos depoimentos e estupro na presídio estadual de Rio Branco, onde cumprem prisão provisória.
