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Sindmed Acre critica silêncio do governo com relação à carreira médica no Acre

Sindmed diz que faltam médicos e aparelhamento nos Postos de Saúde de Rio Branco e condena contratos e condições de trabalho precárias nas cidades do interior

 


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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


O presidente do sindicato dos médicos do Acre (Sindmed Acre), Ribamar Costa, criticou o silêncio das autoridades de saúde do estado com relação à proposta de carreira médica apresentada a equipe econômica do governador Sebastião Viana. A manifestação sindical repercute os números apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na distribuição de médicos por cada mil habitantes. Com razão de 1,08, o Acre é a quinta pior federação do país.

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Pontual, Ribamar disse que uma das únicas alternativas para resolver principalmente o problema da falta de profissionais nas cidades do interior é a implantação da carreira médica, uma questão vista como urgente, menos pela equipe de negociação do governo.


“Esse ano nós já voltamos a tocar nesse assunto e a equipe de negociação do governo insiste em dar calado como resposta. Quer dizer, a carreira médica determina a realização de concurso público para o preenchimento dessas vagas que o interior necessita. Isso é o que preconiza a Constituição Brasileira!”, exclamou Ribamar.


Ele observa que poderes como o Ministério Público e a Justiça Estadual já tem seus planos de carreira. Ainda segundo Ribamar, a proposta da carreira médica no Acre foi apresentada em Brasília, no gabinete do ministro da saúde, Alexandre Padilha.


“Na oportunidade nos colocamos à disposição para o Acre ser um dos três estados onde o ministro manifestou interesse em implantar o sistema. Não temos sentido essa boa vontade por aqui”, destaca o presidente.


Sindicatos de médicos de todo o Brasil foram surpreendidos com a notícia dada pela presidente Dilma Rousseff da revalidação automática de médicos vindos da Espanha e da Cuba. A estratégia ganhou contornos no Congresso de Prefeitos, mas teve a reação imediata da classe no Brasil.


“Não se trata de reserva de mercado, absolutamente, mas é preciso estabelecer critérios para o profissional que vem do exterior. O curso de medicina na Bolívia, por exemplo, tem uma grade totalmente diferente do Brasil. Na Bolivia não existe o SUS”, comenta Ribamar.


A presidente Dilma vetou a proposta de emenda 29 feita à constituição brasileira pelo atual governador Sebastião Viana e elaborada pelo movimento nacional dos médicos, que propôs o financiamento de 10% para a saúde pública do Brasil.


“Hoje o Brasil é o pais que menos investe em saúde pública no mundo. Perde para países como a Bolívia. Com relação ao orçamento estamos na rabeta. O governo federal financia apenas 2,8% do orçamento com saúde pública”, diz Ribamar.


Os sindicatos recolhem assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que dará entrada no Congresso pedindo o financiamento de 10% para a saúde. Com isso, os médicos acreditam resolver os problemas de gerenciamento e financiamento da saúde no Brasil.


O assessor jurídico do Sindmed Acre, Miguel Ortiz, diz que “a legislação existe, o que falta é vergonha na cara para cumprir a Constituição e a sociedade começar a cobraros governos”. Ele condena o atual modelo de saúde e diz que esse sistema leva ao descontrole.


Até o final da tarde desta sexta-feira, nenhum gestor público da esfera municipal ou estadual se manifestou com relação aos dados divulgados pelo CFM. Para o Sindmed, o governo continua ignorando os números como critério para importar mão de obra e aquecer o mercado de faculdades.


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