O município de Rio Branco aplica apenas R$ 30,02 por habitante no saneamento básico, o que põe a capital do Acre na posição número 98 do ranking das cidades com piores investimentos, melhor apenas que São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e Várzea Grande, no Mato Grosso (R$29,44 e R$25,91, respectivamente).
Os dados fazem parte do Ranking do Saneamento 2024, do Instituto Trata Brasil. Neste indicador, explica o instituto, consideram-se não apenas os investimentos realizados pelos prestadores mas também os investimentos realizados pelo poder público (estados e municípios). O indicador médio dos municípios equivale a R$ 138,68 por habitante de 2022.
No País, 42 municípios investem menos de R$ 100 por habitante, o que equivale a menos da metade do patamar de R$ 231,09 considerados necessários segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico. Por outro lado, somente 17 municípios investem mais de R$ 200 por habitante, sendo que 10 desses investem valores acima do considerado de excelência.
Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP), Uberlândia (MG), Niterói (RJ) e Maringá (PR) receberam nota máxima, a despeito de não terem obtido um indicador superior a R$ 231,09.
“Contudo, a definição das notas dos indicadores de investimento não depende somente da relação entre valor investido e população, mas também da universalização dos demais indicadores de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgotos, e de perdas de água. Portanto, como esses municípios já se encontravam universalizados em 2022, receberam nota máxima independentemente do valor aferido”, explica o Trata Brasil.