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Maduro antecipa Natal na Venezuela para 1º de outubro

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, antecipou as comemorações de Natal para 1º de outubro. O anúncio foi feito na noite de segunda-feira (8), durante transmissão do Con Maduro — programa apresentado pelo líder venezuelano na TV estatal.


Essa não é a primeira vez que Maduro decide adiantar a data no país. Em 2024, as comemorações também aconteceram em outubro, em meio aos questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral que o reelegeu. O mesmo ocorreu em 2020, durante a pandemia de Covid-19, e em 2013, quando assumiu o poder.


Desta vez, a antecipação do Natal ocorre em meio à escalada de tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos. Ao menos três navios da Marinha norte-americana estão no sul do Caribe, região próxima à costa venezuelana, em uma operação contra o narcotráfico — ação considerada uma ameaça por Maduro.

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“Como nosso povo está permanentemente cuidando de sua felicidade e da atividade econômica, comercial, cultural, que se una e se fortaleça; vamos aplicar a mesma fórmula de outros anos que correu muito bem para a economia, para a cultura, para a felicidade. Ninguém e nada neste mundo vai tirar nosso direito à felicidade e o direito à alegria”, disse o presidente.


Crise EUA-Venezuela

A Venezuela iniciou uma mobilização militar em agosto, quando Nicolás Maduro convocou 4,5 milhões de soldados da milícia para conter o que chamou de “ameaça dos Estados Unidos”. O presidente teme que a operação naval norte-americana na costa da Venezuela seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força.


Isso porque Washington considera Maduro como um dos principais narcotraficantes do mundo, alegando que o venezuelano usa organizações criminosas internacionais para levar drogas aos Estados Unidos. No início de agosto, o governo norte-americano chegou a elevar para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.


A tensão entre os países aumentou na última terça-feira (2), quando militares norte-americanos lançaram um ataque contra uma embarcação da Venezuela que supostamente transportava narcóticos ilegais. A ação deixou 11 mortos, que, segundo o presidente Donald Trump, integravam a Tren de Aragua, gangue venezuelana considerada terrorista pelo país.


Desde então, Maduro ordenou reforço no patrulhamento da fronteira, enviando 25 mil soldados das Forças Armadas ao Caribe e aumentando as inspeções aéreas sobre os navios norte-americanos. A ação fez Washington enviar 10 caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico, escalando ainda mais a tensão entre os países.


SBT


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