O casal homossexual que foi preso nesta manhã (10), por estuprar e contaminar várias crianças e adolescentes com HIV em Manaus, costumava manter um padrão de escolha das vítimas.
Segundo a polícia, nas conversas trocadas entre si e com outros pedófilos em grupos de aplicativos, “os carimbadores”, como se autodeclaravam, davam dicas de lugares onde podiam encontrar menores em situações mais vulneráveis.
Conforme a delegada Joyce Coelho, terminais de ônibus e banheiros de locais públicos como shoppings são alguns dos lugares citados.
“Eles falavam a sua preferência por crianças, quanto mais novas melhor. Inclusive falavam que as abordagens poderiam ser feitas em locais públicos ou privados, inclusive em banheiros de shoppings, terminais, e outros estabelecimentos. Então é um alerta que a gente também faz sobre o cuidado nesses lugares”.
Os alvos eram sempre garotos, nunca meninas. E na maioria das vezes, eles escolhiam até familiares de pessoas conhecidas e das suas próprias famílias. Como relata a delegada: “Eles pediam, por exemplo, ‘ah, o teu sobrinho tem apenas seis anos, a gente pode fazer isso com ele’ (…) Eles também identificavam vítimas aleatoriamente.
Até o momento, a polícia não sabe mensurar quantas vítimas o casal fez, mas já confirmou que eles estupravam e contaminavam menores com HIV, há no mínimo dois anos.
Os estupros eram registrados e as fotos eram compartilhadas em grupos de apps, crime pelo qual a dupla também terá que responder.
Veja o vídeo: