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Fugitivos acreanos foram presos a 1.600 km de presídio; veja o momento da prisão

Rogério da Silva Mendonça (esq) e Deibson Cabral Nascimento (dir) foram recapturados pela PRF Imagem: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal
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Os dois homens que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram encontrados e presos hoje. Foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima do país.


Após 50 dias de buscas, os dois detentos que escaparam do presídio de segurança máxima foram encontrados em Marabá (PA), a cerca de 1.600 km de Mossoró. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública montou uma força-tarefa de cerca de 500 agentes para encontrar Rogério da Silva Mendonça, 33, e Deibson Cabral Nascimento, 35, após a fuga em 14 de fevereiro.

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Os fugitivos e outros quatro homens estavam na capital Belém e foram capturados quando se deslocavam em três carros para Marabá. Rogério e Deibson, que integram a facção Comando Vermelho do Acre, estavam em veículos diferentes e tinham outro carro na escolta, segundo a PF.


A PF afirma que os fugitivos planejavam deixar o Pará quando foram capturados. Os agentes não sabem, porém, qual seria o novo destino de fuga deles.


O grupo foi recapturado em uma ação conjunta entre a PF e a PRF na BR-222. A ação ocorreu nas imediações de uma ponte rodoferroviária. Um dos fugitivos foi capturado pela PRF. O outro, pela PF. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, vai detalhar a ação nesta tarde.


Quem são os fugitivos

Fugitivos são “matadores do CV”, diz a polícia. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no “tribunal do crime”. O UOL não localizou os advogados deles.


Os dois detentos estiveram em rebelião em presídio do Acre em 2023. Deibson e Rogério foram então transferidos para a unidade federal de Mossoró em julho do ano passado.


Deibson cumpria pena de 81 anos de prisão. Conhecido como Tatu, ele tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa e roubo por assalto a mão armada.


Rogério foi condenado a 74 anos de prisão e responde a mais de 50 processos. Conhecido como Martelo, ele tem uma suástica tatuada na mão e é acusado de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.


Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram capturados em ação conjunta entre PF e PRF

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram capturados em ação conjunta entre PF e PRFImagem: Reprodução

Como foram as buscas

Em um primeiro momento, forças policiais federais e estaduais fizeram buscas num raio de 15 quilômetros de distância do presídio federal. Lewandowski anunciou em 19 de fevereiro o emprego de mais cem agentes da Força Nacional para atuar nas buscas. A corporação saiu da área em 29 de março.


Secretarias de Segurança Pública de três estados anunciaram que estavam atuando juntas para fiscalizar divisas. Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região. A Interpol foi alertada.


Roupas e pegadas foram encontradas por equipes da força-tarefa dois dias depois da fuga. Calçados e camisetas — que podem ser dos dois fugitivos — foram localizados em uma área rural de Mossoró. Com isso, as buscas se intensificaram na região próxima à penitenciária.


Diversas pessoas foram presas em flagrante por suspeita de ajudar os fugitivos. Na primeira semana de buscas, duas foram presas em flagrante e outra preventivamente. Em 22 de fevereiro, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE) contra possíveis envolvidos no fornecimento de apoio aos foragidos.


Equipes encontram camiseta azul que pode ser de fugitivo de presídio do RN

Equipes encontram camiseta azul que pode ser de fugitivo de presídio do RNImagem: Divulgação / Força Tarefa

Luminária, teto e tapume: como foi a fuga

Detentos abriram parede de presídio de Mossorá e fugiram por área próxima da luminária da cela. Deibson e Rogério fugiram pelo telhado da penitenciária na madrugada de quarta-feira cinzas (14.fev).


Lewandowski elencou uma série de falhas nos protocolos de segurança na unidade. Segundo o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, o presídio passava por uma obra de manutenção, es presos teriam tido acesso às ferramentas utilizadas na reforma — que não estavam trancadas.


Defeitos na construção do presídio também foram apontados. A saída pelo teto teria sido possível porque o prédio é de alvenaria e não de concreto. Câmeras e luzes não estavam funcionando adequadamente.


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