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Por falta de grandes obras públicas, setor cerâmico passa pela maior crise da história, diz sindicato

FOTO: SÉRGIO VALE

O convidado do Bar do Vaz desta terça-feira, 12, foi o presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado do Acre (Sindicer), Marcio Agiolfi. O empresário fez um balanço nada positivo do setor no ano de 2023.


Conforme Agiolfi, as cerâmicas passam pela pior crise da história. A culpa seria a falta de políticas públicas para o setor. Sem grande obras estruturantes, as cerâmicas têm sofrido. “As dificuldades resultam da falta de políticas públicas com investimento em obras estruturantes, faltam construções de casas e recuperação de ruas. Como isso não acontece, não fomenta a área cerâmica”, afirma.


O presidente do Sindicer afirma que o setor tem trabalhado com apenas 39% de sua capacidade produtiva no Acre. “Um diagnóstico do setor cerâmico feito em todos os municípios chegou a conclusão de que a indústria cerâmica tem trabalhado com apenas 39% de sua capacidade produtiva e mesmo assim não está tendo venda e os empresários estão fechando no prejuízo”, afirma.


O sindicalista defende o uso do tijolo. Segundo Márcio, a durabilidade é maior e emprega mais gente. “Nós temos ruas em Rio Branco pavimentada com tijolos que estão com 30 anos, vamos procurar uma rua com asfalto que não existe com esse tempo. Um  outro fator é que os insumos são locais. O dinheiro que é investido em uma cerâmica, cerca de 90% gira dentro do próprio mercado. Sem falar que uma rua pavimentada com tijolo gera 21 vezes mais mão-de-obra do que o asfalto”, diz.


FOTO: SÉRGIO VALE

Um reflexo do quanto o setor cerâmico tem enfraquecido ao longo dos últimos anos é o preço. “Hoje, em média,  custa R$ 700 um milheiro de tijolo de oito furos, responsável por 90% das vendas. Há cinco, seis anos, o milheiro custava R$ 800, ou seja, o preço caiu”, explica Márcio.


Por fim, o empresário disse ao jornalista Roberto Vaz que, infelizmente, acredita que o ano de 2024 ainda não será fácil para o setor.  “Acredito que 2024 ainda vai ser um ano difícil para a construção civil. Estamos otimistas com a previsão de implantação do Programa Minha Casa, Minha Vida, com a expectativa que a prefeitura de Rio Branco invista também na pavimentação de tijolos, mas ainda deve ser um ano complicado para o setor”, destacou.


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