Acreano que ganha um salário trabalha quase 87 horas para comprar cesta básica de R$ 514,33

Divulgada nesta sexta-feira (17) a pesquisa mensal da Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan) aponta para queda de 2,4% no custo da cesta básica de alimentos em Rio Branco: em janeiro, foi necessário desembolsar R$ 526,96 para adquirir os 14 itens da cesta, e em fevereiro, R$514,33, queda de R$12,62, segundo o governo do Estado.
A pesquisa é feita pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi) da Seplan, relativa ao mês de fevereiro.
Ao contrário de outros levantamentos, a pesquisa encontrou reduções no preço tomate (-9,68%) e a manteiga (-3,81%), os quais foram os itens com maior redução de preços em relação a janeiro, enquanto o arroz (4,92%) e a mandioca (2,77%) apresentaram maior aumento.
Os dados foram coletados em 61 estabelecimentos comerciais, compostos por mercados varejistas de grande, médio e pequeno porte, açougues e panificadoras, distribuídos em 40 bairros de Rio Branco.
O tempo de trabalho necessário para um trabalhador adquirir os produtos da cesta básica de alimentos foi de aproximadamente 86 horas e 54 minutos, cerca de 2 horas e 7 minutos a menos em relação ao tempo necessário medido no mês de janeiro.
“Para efeito de cálculo das horas de trabalho necessárias para a aquisição da cesta básica, considerou-se um trabalhador assalariado, com carga horária de 220 horas ao mês e remuneração mensal de um salário mínimo vigente de R$ 1.302,00”, esclarece a Seplan.

A rotina de ostentação de um padrão de vida milionário colocou o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), no centro de uma investigação da Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. As principais conclusões da investigação até o momento, de acordo com o relatório parcial da PF enviado ao Superior Tribunal de Justiça obtido pelo UOL, são as seguintes:
A suspeita de que os itens de luxo usados pelo governador e sua família, como uma BMW de meio milhão de reais, um SUV da Jaguar e um imóvel em Miami de 4,5 milhões de dólares (R$ 23 milhões), foram adquiridos com recursos desviados de contratos do governo estadual.
Em seus cartões de crédito pessoais, Cameli gastou R$ 1,047 milhão no ano de 2020, enquanto o salário é de R$ 35 mil por mês. Os gastos superaram o dobro dos rendimentos dele como governador.
A PF obteve diversas imagens retratando a vida de luxo de Gladson Cameli e seus familiares, incluindo notas fiscais de compra de uma loja em Brasília da grife Louis Vuitton, identificando a compra do relógio (R$ 32 mil), uma bolsa (R$ 14 mil) e uma mala (R$ 17 mil).
A defesa do governador rejeita veementemente as alegações dos investigadores, diz que os gastos dele têm lastro em atividade empresarial e acusa a Polícia Federal de ter manobrado para conduzir uma investigação irregular, “driblando” o foro no Superior Tribunal de Justiça (leia mais abaixo). Cameli declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 5,1 milhões na eleição de 2022 e R$ 2,9 milhões em 2018. A Polícia Federal afirma que o governador vem omitindo, ao longo dos últimos anos, mais da metade do que seria o seu verdadeiro patrimônio graças ao que seriam aquisições de bens em nome de terceiros. A PF estimou que o patrimônio seria de cerca de R$ 14 milhões ao final do ano de 2021.
Os carros Engenheiro de formação, o governador de 45 anos é um político profissional. Entre 2007 e 2015 foi deputado federal e depois, entre 2015 e 2019 foi senador, quando renunciou ao cargo após vencer a eleição para o governo. No ano passado, ele foi reeleito. Gladson é sobrinho de Orleir Camelli (1949-2013), que também governou o Acre (1995-1998). Segundo a PF, há fortes indícios de que uma empresa comprou um carro de luxo usado pelo governador e posteriormente ganhou contrato com o governo estadual.
A PF rastreou automóveis negociados pelo governador e mantidos em nome de terceiros, como um Jaguar E-Pace, comprado por uma empreiteira um mês depois da vitória de Camelli em 2018.
A nota fiscal da compra, em nome da CZS Engenharia, foi apreendida no escritório do governador em Rio Branco. O veículo nunca foi transferido para o nome de Gladson Cameli. A empresa ganhou um contrato de R$ 57 milhões com o governo do Acre em 2020.
Além do Jaguar, também fizeram parte da garagem do governador diversos outros veículos, como uma Toyota Hilux SW4 no valor de R$ 255 mil e uma BMW X4 pelo valor de R$ 520 mil, esta última registrada em nome da esposa do político.
Bens no exterior
A investigação também encontrou documentos sobre uma conta no Bank of New York, aberta em nome de uma das empresas de Gladson Cameli e que seria movimentada por ele, além de correspondências na casa dele com um endereço em Miami, na Flórida. A PF identificou que o imóvel em Miami, um apartamento com vista para o mar, foi comprado em 2018 por 4,5 milhões de dólares e seria usado por toda a família do governador.
O que diz a PF: No último dia 9 de março, a PF deflagrou nova fase da Operação Ptolomeu e cumpriu mandados de busca e afastamento de integrantes do governo estadual por causa das suspeitas do esquema de corrupção, que seria liderado por Cameli.
No relatório parcial apresentado ao Superior Tribunal de Justiça e obtido pelo UOL, a Polícia Federal escreveu que “se estabeleceu uma organização criminosa no centro do Poder Executivo do Estado do Acre, tendo o governador Gladson Cameli como líder dessa estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas”.
“A finalidade da ORCRIM [organização criminosa] evidenciou-se bastante clara: obtenção de vantagens indevidas através da prática dos crimes de Fraudes à Licitação, Corrupção Ativa e Passiva e Lavagem de Capitais”, prossegue o documento.
Outro lado
A defesa do governador Gladson Cameli disse que seus gastos são bancados por seus rendimentos empresariais. “É um erro associar os gastos pessoais ao salário de governador, uma vez que Gladson Cameli tem recebimentos de caráter empresarial, todos declarados anualmente à Receita Federal”, disseram, por meio de nota, os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira.
“Não há, portanto, qualquer ilegalidade no governador fazer uso dos valores que recebe da atividade empresarial, sendo uma grave ilação vincular esses gastos às ações como governador. Todas as suas despesas têm lastro e explicação. Esse inquérito, vale dizer, surge de uma pescaria probatória que driblou o foro do STJ e, para isso, fez relatórios financeiros até do filho de seis anos do governador”.
Os advogados Alberto Simonetti Cabral Neto e Nabor Bulhões, responsáveis pela defesa de de Eládio Cameli, pai de Gladson, e Gledson Cameli, irmão, afirmam que todas aquisições “foram feitas com recursos lícitos” e disseram que não receberam valores do governo estadual.
A defesa da CZS Engenharia afirmou em nota: “Considerando que o processo está tramitando em segredo de justiça, informamos que todas as justificativas estão sendo apresentadas nos autos”.

Durante discurso na plenária da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira, 28, o senador Márcio Bittar, questionou a fala do presidente da Agência Brasileira de Promoção e de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, em sua viagem à China.
Segundo o petista, a pecuária e a produção de grãos no Brasil estão relacionadas aos problemas ambientais. Diante do ocorrido, Bittar solicitou que Viana fosse até o local, que faz parte do Congresso Nacional, explicar as informações que disse sobre o setor produtivo no país, repudiando suas atitudes.
“O governo que ele diz representar foi pra China levando vários produtores do agronegócio para aumentar a exportação brasileira naquele continente. Indo na contramão do próprio governo federal, vai o presidente da Apex relacionar o agronegócio, a produção agrícola brasileira com o que ele chama de devastação da floresta Amazônica”, declarou o senador.
Para Márcio, não existe processo de produtividade no mundo que preserve mais do que o que é feito no país, com apenas “8% do território nacional voltado para agricultura, produzindo para mais de 1 bilhão de pessoas no planeta”.
“Eu queria saber se o ex-senador Jorge Viana teve coragem de dizer na China, que é um país que polui o planeta inteiro, se ele teve coragem de criticar o país comunista chinês? Eu quero repudiar líderes do governo que vão para fora do país criticar erroneamente o setor que mais preserva e paga por isso, que é o agronegócio brasileiro”, destacou.
VEJA A FALA DO SENADOR:
Destaque 4
Chefe de gabinete de Bocalom é acusado de mandar colocar coleira em voluntária da alagação

O chefe de gabinete do prefeito Tião Bocalom, Artur Neto, está sendo acusado de ofender, na noite desta segunda-feira, 27, uma voluntária, que ajuda no abrigo de animais no Parque de Exposições, onde estão desabrigadas algumas das famílias atingidas pela enchente do Rio Acre.
No local, além das famílias, há uma espaço para o abrigo de cães e gatos. A denúncia está sendo feita por Camila Flor, 22 anos, formada em ciências sociais pela UFAC e voluntária em causas sociais e animais. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Camila conta que foi ofendida por Artur Neto e têm testemunhas de que o chefe de gabinete de Bocalom teria dito: “Deveriam colocar uma coleira nela e por em uma baia”.
Camila afirmou à reportagem do ac24horas que registrou uma queixa crime na Delegacia da Mulher e também vai ainda nesta terça-feira ao Ministério Público e na Secretaria da Mulher.
Companheiro de Artur Neto bate boca com Camila pela internet
Camila Flor após postar o vídeo onde acusa Artur Neto de ofendê-la, também publicou prints de uma discussão com Ricardo Júnior, que se apresenta como companheiro do chefe de gabinete de Bocalom.
Na discussão, Ricardo diz que conhece Artur por dormir e acordar e sabe que nem 1% do que Camila relata é verdade. Em outro trecho da conversa, Ricardo afirma que a internet não é terra sem lei e que Camila pode ser processada. A jovem afirma que tem provas e que também vai processar Artur Neto.
O chefe de gabinete do prefeito Bocalom também foi procurado pela reportagem e negou ter ofendido Camila. “Eu estava conversando com o coordenador de zoonoses e creio que por estresse e essa moça não gosta do prefeito eu disse apenas que as pessoas só veem o que querem e alguns não querem enxergar o tanto que o prefeito trabalha. Voltei a conversar e perguntei ao coordenador quantos cães tinham e o que precisavam. Eu disse então que os cães precisam usar coleira e ela e a amiga entenderam completamente errado. Acredito que ela tenha se confundindo porque tinha muito cachorro latindo, ela deveria tá esgotada, já que é um trabalho bem cansativo. Não falei com ela e tinha várias pessoas comigo que viram que não aconteceu nenhuma ofensa”, diz Artur Neto.
VEJA O VÍDEO:

A mesa diretora da Assembleia Legislativa do Acre anunciou na manhã desta terça-feira (28), durante reunião no plenário com a presença de representantes da equipe de governo, a doação de 1.500 colchões para ajudar pessoas afetadas pela enchente em todo o Estado.
O presidente da Casa, deputado Luiz Gonzaga fez o anúncio ao lado do primeiro secretário Nicolau Junior juntamente com os demais parlamentares presentes no ato.
“Fizemos uma reunião ontem e definimos, ouvindo todos os parlamentares, doar mil e quinhentos colchões que serão destinados para quem foi atingido pela cheia. Destaco aqui a harmonia e o compromisso de todos os colegas parlamentares na definição dessa demanda”, disse Gonzaga.
O primeiro secretário Nicolau Junior disse que o valor doado pela ALEAC será de R$ 522 mil e anunciou outras ações do Legislativo. Ele lembrou que na semana passada, a ALEAC doou dois mil fardos de agua mineral, instalou um ponto de coleta e vai assumir a escola estadual Zuleide Pereira, na rodovia AC 40, Vila Acre, ficando responsável pela assistência às famílias abrigadas naquele espaço.
“Fizemos um esforço conjunto e definimos essa ação para darmos nossa contribuição emergencial e continuarmos atuando na linha de frente. Quero lembrar que não acaba aqui nossa missão de ajudar todas essas famílias. Vamos continuar acompanhando todas as ações nessa corrente de solidariedade”, garantiu Nicolau.
O chefe da Casa Civil, Jhonata Donadoni, informou que o governo vai adquirir outros 1.500 colchões para também distribuir nos abrigos. Segundo a equipe de governo 22 escolas estão sendo usadas como abrigo público na capital.
A ALEAC anunciou ainda uma medida para ajudar servidores efetivos e comissionados da casa que também foram afetadas pela alagação. A mesa diretora vai autorizar a antecipação das férias e 50% do décimo terceiro salário para quem teve a casa atingida pela enchente.
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