Delegado não descarta que professora fuja ou continue aplicando golpes no Acre

O delegado Alex Danny, da Delegacia de Polícia Civil da 1° Regional, esclareceu o questionamento de vítimas da professora Elydiana de Castro Gomes, acusada de estelionatos, sobre uma suposta lentidão na instauração dos procedimentos que levem a uma prisão.
A criadora de conteúdo Kelline Jéssica, que diz ter sido lesada em mais de R$ 47 mil em um golpe dado por Elydiana, procurou a reportagem para falar que, segundo ela, após os registros de boletim de ocorrência de vítimas na Delegacia de Polícia Civil da 1° Regional, na região da Sobral, nada foi feito. “A nossa opção é procurar a Corregedoria da Polícia Civil ou o Ministério Público, porque eu mesma fiz minha denúncia há mais de 20 dias e absolutamente nada aconteceu, parece que a Polícia Civil não está preocupada no perigo que essa criminosa traz para a sociedade porque ela solta pode continuar aplicando golpes”, disse.
Em uma entrevista exclusiva hoje pela manhã ao ac24horas, o delegado que assumiu os casos contra Elydiana na 1° Regional, Alex Danny, não descarta que a acusada saia do Acre, ou mesmo que continue aplicando golpes, mas garantiu que os processos estão sendo trabalhados com cautela. “Nem todo mundo teve acesso às notícias sobre os golpes aplicados, então pode ser que haja mais vítimas neste momento. Não dá pra descartar que ela vai fugir, mas não basta só que o fato seja conhecido para emitir um mandato. Para pedir uma prisão é necessário fazer os procedimentos de uma forma correta, juntar documentos, materializar as provas, transferências bancárias. São questões que levam tempo. A gente entende a insatisfação das vítimas, contudo, tem a parte procedimental que precisa ser feita”, disse o delegado.
Segundo Alex Danny, há outras vítimas que estão sendo atendidas por outras regionais, em razão do crime de estelionato ser investigado na delegacia mais próxima de onde foi feita a transferência do dinheiro.
O ac24horas apurou que um procedimento já foi concluído pela Polícia Civil e está em fase judicial, mas o Ministério Público pediu uma análise grafotécnica de um dos documentos juntados ao processo, o que causa a demora. Este processo se refere a um fato de 2020, quando o aposentado Juliano Temoteo Nogueira, à época com 69 anos, registrou queixa contra Elydiana, sua vizinha. Segundo o relato do aposentado, Elydiana teria realizado em seu nome empréstimos que juntos somam R$ 170 mil e conseguiu retirar no nome do aposentado um veículo em concessionária avaliado em cerca de R$ 120 mil. O carro foi apreendido pela Polícia. A família do aposentado relatou que, em razão dos empréstimos feitos pela golpista em nome dele, Juliano Temoteo recebe apenas cerca de R$ 120 de sua aposentadoria.
“O volume de procedimentos que temos é muito grande, não dá pra dar prioridades a casos específicos. Aqui atendemos também furtos de bicicletas, você pode me perguntar se é um absurdo comparar um furto de uma bicicleta de R$ 600 com outros casos, mas pra esse cara que mora no Belo Jardim e trabalha como empacotador de um supermercado na Antônio da Rocha Viana, pra ele, quando ele chega aqui chorando pra pedir uma restituição do único bem que ele tem, representa um valor incalculável. Não é que a gente perde a sensibilidade, mas não tem como falar que um caso é mais importante que o outro. Eu entendo a dor da indignação, mas é preciso administrar”, explicou o delegado Alex Danny.
O delegado orienta ainda que para as vítimas que tiveram seus crimes no âmbito exclusivo das redes sociais, ou seja, que as transferências de dinheiro tenham acontecido sem o contato real entre vítima e acusado, procurem um cartório em posse do aparelho telefônico para fazer um ato notorial, que autenticará que as conversas e transferências entre as partes são reais. Nestes casos, a acusada deverá responder por estelionato com agravante qualificador pela prática em ambiente virtual.
O advogado Ruam Amorim, que representa Elydiana de Castro Gomes, disse que sua cliente foi orientada e descartou qualquer fuga. “Ela não realizou aplicação de golpes. Ela tem vários negócios jurídicos com algumas pessoas e busca reparar os eventuais danos. Quanto ao risco de fuga, a probabilidade é zero. Ainda não prestou depoimento porque não foi solicitado, mas está à disposição da justiça”, disse o advogado.
Cotidiano
Devido a cheia no Acre, TCE prorroga prazos para prestações de contas e envio de relatórios

Sensível com os impactos causados pela cheia que atinge vários municípios do Acre, o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) prorrogou os prazos para entrega da prestação de contas dos jurisdicionados e também do relatório bimestral para 28 de abril.
A Corte de Contas leva em consideração a importância da atuação cooperativa com os responsáveis pelos poderes, órgãos e entidades, bem como a situação de emergência no Estado, reconhecida pelo Decreto nº 11.209, de 24 de março de 2023, referente aos desastres de inundação e enxurradas em torno das bacias hidrográficas dos Rios Acre, Purus, Envira e Juruá.
A prorrogação consta nas portarias 243/2023 e 244/2023, assinadas pelo presidente da Corte de Contas Estadual, Conselheiro Ribamar Trindade.
Com a publicação dos documentos, o prazo fica prorrogado para o dia 28 de abril como limite máximo para que os jurisdicionados enviem suas prestações de contas, bem como das remessas contábeis, financeiras, orçamentárias, e patrimoniais, referentes ao 2º bimestre de 2023.

As 400 famílias do assentamento Baixa Verde, em Rio Branco, reclamam de terem sido abandonadas pela Ricco, empresa de ônibus responsável pelo transporte público na capital.
Segundo as informações, desde o fechamento da BR-364 por conta do rompimento da estrada no trecho do Quinoá, a 20 quilômetros de Rio Branco, o ônibus que faz o transporte público dos assentados até a cidade deixou de circular. Com isso, as famílias, grande parte compostas por produtores rurais, estão tendo que pagar até R$ 50 reais de transporte irregular para fazer o trajeto alternativo passando pelo município de Senador Guiomard. Eles exigem um posicionamento do poder público.
Ao ac24horas, o superintendente do RBTrans – Superintendência de Transporte e Trânsito, Benício Dias, disse que é necessário que a associação dos assentados devem protocolar um requerimento junto à instituição para que seja feita uma avaliação da questão. “O ônibus não está indo porque não tem como chegar até lá. Sobre o transporte ir pelo Quinari, não tenho como fazer esse debate agora porque envolve o limite de outro município, mas uma vez formalizada a demanda estamos abertos para discutir as possibilidades”, disse Benício. O superintendente ressaltou que no momento não há fiscalização do RBTrans sobre transporte irregular, uma vez que todos os esforços estão focados na situação da calamidade que a cidade enfrenta.
A Ricco, empresa responsável pelo transporte público em Rio Branco, não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Cotidiano
Estado implementa central de atendimento telefônico para população atingida pelas enchentes

Diante da situação crítica causada pelas enchentes no estado, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), criou uma central telefônica para atender a população.
Desde a manhã desta quarta-feira, 29, cinco linhas de atendimento estão disponíveis para a população sanar dúvidas sobre auxílios, abrigos e recebimento de doações.
Informar e auxiliar a população é uma das principais preocupações do governo e, unindo-se aos esforços da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Lauro Santos, gestor da Seasd, solicitou a implantação da central. A ação conta com equipamentos doados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
É importante mais esse cuidado direto com a população que se encontra vulnerável neste momento de calamidade”, diz a servidora Taliclene Amorim.
Em casos de emergência, os cidadãos devem recorrer ao 193, número da Defesa Civil para emergências, disponibilizado de forma gratuita em todo o território nacional.
Para ter acesso a informações oficiais e verdadeiras sobre todos os acontecimentos, a população deve conferir as redes sociais do governo do Estado e site da Agência de Notícias do Acre, canais de comunicação oficiais do governo.

Com as águas do Rio Acre sobrepondo parte do Calçadão da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco, o governo do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual, orienta moradores e comerciantes da região para atenção ao aumento do nível do rio e avanço das águas.
Em caso de necessidade, a orientação é de que seja feita a solicitação de apoio para retirada de materiais e equipamentos, por meio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), pelo número 193.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, a atenção e prevenção na retirada de insumos e materiais é imprescindível em caso de alagação na região. “Estamos tendo vazante em alguns municípios, mas o Riozinho do Rola continua apresentando aumento no nível das águas e desaguando no Rio Acre. Então, toda a atenção é necessária”, reforça o coordenador.
Para Ana Cléia Borges dos Santos, proprietária de uma churrascaria na rua Senador Eduardo Assmar, que percorre todo o calçadão da Gameleira, o momento agora é de cautela e prevenção. “Desde sexta-feira estamos em estado de alerta, porque estamos na luta há alguns anos e já temos uma noção de como funciona a elevação do nível das águas. Então, estamos acompanhando as orientações e as reportagens sobre cada centímetro que sobe para que possamos agir com segurança”, ressaltou a empresária.
O comerciante de caldo de cana José Teodoro, de 55 anos, está preparado para retirar os materiais do local. “Tivemos a alagação de 2012 e 2015, somos 16 quiosques e a água já chegou aqui e está correndo no canto da rua. Precisamos ser amparados e agora estamos na espera das outras orientações”, disse o comerciante.
“É muito triste ver o que as pessoas estão passando, ficamos sem palavras. Eu nunca fui atingido, mas meus amigos já sofreram e então ficamos sempre em alerta para ajudar”, finalizou o servidor público do município de Plácido de Castro, Enivaldo Alves de Santos.
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