Latam “perde” mala e humorista que veio fazer show no Acre fica só com a roupa do corpo

O humorista Pedro Manso, conhecido pela imitação de famosos como a do apresentador Faustão e do apóstolo Valdemiro, chegou ao Acre na noite da última sexta-feira, 27.
Ao desembarcar em solo acreano, para realizar um show neste domingo, 29, Manso foi surpreendido ao descobrir que a companhia aérea Latam despachou sua bagagem para outro destino e a mala não chegou ao Acre.
O jornalista e humorista Antônio Klemer, que vai, inclusive, abrir o show de Pedro Manso postou um vídeo nas redes sociais onde fala sobre a “perda” da mala. Pedro afirma que já é a terceira vez que o problema acontece em shows pelo país.
De acordo com amigos que acompanham a estadia de Pedro Manso no Acre, o humorista entrou em contato com a família para que outras roupas usadas no show fossem enviadas e teve que ir às compras em Rio Branco, já que só tinha como opção a roupa que já chegou vestido no aeroporto da capital acreana.
Apesar do contratempo, o show de Pedro Manso está confirmado e acontece na noite deste domingo, 29, no Teatro da U:VERSE (antiga FAAO), a partir das 19 horas.

Fotos: Jardy Lopes
O empresário Chiquinho Arara, dono do tradicional Araras Restaurante, localizado no bairro Quinze, no Segundo Distrito de Rio Branco, é uma das muitas pessoas da capital acreana que tiveram a vida diretamente afetada pela enchente de grandes proporções que atingiu a cidade neste ano.
Há 37 anos vivendo e trabalhando no local, ele afirma que esta é a terceira enchente que ele presencia no volume que apresentou em 2023. O empresário conta que os prejuízos são muitos e que não tem tido apoio ou mesmo a presença do poder público “para saber como as coisas estão”, segundo suas palavras.
“Nós estamos aqui numa situação muito difícil, com a alagação, um grande prejuízo. Final de semana fechado, talvez o próximo também, a água continua subindo e eu estou aqui sem apoio de ninguém, só os amigos mesmo, o poder público não aparece aqui nem para dar um bom dia para saber como é que tá”, reclamou.
De acordo com Chiquinho Arara, que trabalha com 21 pessoas no restaurante, em um fim de semana ele chega a faturar de R$ 20 mil a R$ 15 mil, um prejuízo que, segundo ele, torna difícil a situação para manter as despesas, alegando que após a alagação ninguém aparece para prestar apoio.
“Depois, fica difícil pra gente porque não chega ninguém aqui para dar um apoio. Você vai mexer no banco, pedir um empréstimo, é um juro lá em cima, você não consegue tirar dinheiro, não consegue nada, e o governo não chega aqui para dar um incentivo de nada. Aqui no Quinze é incrível como o pessoal esquece a gente”, ele diz.
Chiquinho afirmou também que a enchente nesta época do ano foi uma grande surpresa. Ele conta que apostava que após 15 de março não aconteceria uma enchente desse porte.
“Eu jurava que não ia ter mais alagação e Deus foi mostrar como ele tem muito poder para dizer como é que é. A prova está aí: alagou, mas nós estamos de cabeça erguida para se erguer”, concluiu.

Vários bairros em Rio Branco, sofrem com a enchente do Rio Acre. Com o aumento do nível das águas, mais locais começam a ser afetados, como é o caso da travessa 16 de Outubro, no Bairro Quinze.
De acordo com os moradores, cada vez mais pessoas estão sendo desabrigadas no local e iniciaram a retirada de seus bens materiais. Mesmo com a situação preocupante, foi pedido ajuda do poder público, mas até o momento não tiveram a solicitação atendida.
João Paulo, que possui uma residência na área, declara que ele e vizinhos estão sendo vítimas de comércios das proximidades, que aumentaram o preço dos materiais necessários para tentar salvar algumas móveis dentro das casas.
“A água está subindo aqui. Estamos retirando nossas coisas por conta própria. Muitas casas já alagaram. O pior é que as pessoas estão vendendo os produtos em preço elevado aqui para a gente”, declarou.
Além disso, o homem pede ajuda para conseguir retirar o restante de suas coisas da residência, porque não pode deixá-las, já que estão roubando os moradores que não ficam no local.
“Até agora não apareceu ninguém aqui para perguntar se estamos precisando de alguma coisa, de sacolão, caminhão ou algum lugar para ir. Enquanto isso estamos perdendo tudo, se virando sozinho e correndo perigo”, comentou.
As pessoas que ainda continuam nas moradias, afirmaram que vários objetos de um posto de saúde que fica no local, foram roubados. Com essa situação, pedem ajuda e apoio, principalmente com alimentação.

FOTO JARDY LOPES

Durante uma agenda institucional na sede do Corpo de Bombeiros nesta sexta-feira, 31, o senador da República, Márcio Bittar (União Brasil), anunciou que a bancada federal do Acre terá esse ano R$ 700 milhões de emenda obrigatória – autonomia financeira conquistada nos últimos anos, contudo, o parlamentar se mostrou preocupado com a captação desse montante pelo governo do Estado.
Em outras palavras, o senador avalia que o governo não dispõe de uma equipe técnica, com isso, o recurso poderá não ser aplicado. “A bancada federal acreana que há menos de 10 anos não tinha um centavo na emenda obrigatória. Esse ano temos R$ 700 milhões de reais. Uma parte desse recursos tem que ir para áreas estruturantes, o igarapé São Francisco por exemplo, tem solução. Espero que a bancada do Acre aproveite esse momento”, comentou.
Ao mencionar a dificuldade do Estado, Márcio revelou que nos últimos 12 anos, o Acre perdeu R$ 91 milhões em recursos federais. “De 2008 a 2020 na área de saúde voltou R$ 91 milhões e se o ministro souber disso, vai achar que a saúde aqui é uma maravilha. Essa é minha preocupação. É necessário para que se tenha o dinheiro, tem que ter o projeto e tem que ter todo o trâmite necessário e isso eu não estou vendo. Tem 4 anos que liberei emenda e ainda não foi executado”, desabafou.

A moradora do bairro Conquista, Janaira Santos, 27 anos, mãe de três filhos que teve sua residência levada pelas águas do igarapé São Francisco na última semana, esteve no Colégio Álvaro Vieira da Rocha, reclamando que criminosos estão usando sua imagem para pedir dinheiro nas redes sociais.
Segundo ela, o grupo utilizou uma foto dela tirada no último domingo, 26, durante agenda ministerial. “Eu não tenho pix além do meu telefone, estão usando minha foto para pedir dinheiro, peço que não depositem sem ser no meu verdadeiro pix”, comentou.
Janaíra solicita que quem puder lhe ajudar na doação de recursos faça por meio da chave pix (68)984164373. “Por favor não dêem dinheiro para bandidos. E quem puder me ajude a levantar minha casinha”, ressaltou.
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