Ônibus que seguia de Cruzeiro do Sul para Rio Branco é assaltado por faccionados na BR-364

No final da tarde desta sexta-feira, 27, um ônibus da empresa Transacreana, que seguia de Cruzeiro do Sul para Rio Branco foi atacado por faccionados armados próximo à rotatória do município de Manoel Urbano, na BR-364. Publicações nas redes sociais citam que os ladrões levaram dinheiro e bens dos passageiros.
O gerente comercial da empresa em Cruzeiro do Sul, Francisco Virgulino, confirmou o assalto, mas disse que os ladrões só roubaram o motorista, levando o celular, dinheiro e uma caixa de som do profissional. Mas afirma que a dupla não entrou na parte onde estavam os passageiros. ” Eles levaram os pertences do motorista e se evadiram pela Br. O motorista seguiu até Sena Madureira, onde acionou a polícia e tomou as medidas cabíveis. Os passageiros, claro, ficaram assustados porque alguns perceberam a situação mas não foram roubados nem machucados”, relatou.
O ac24horas não conseguiu falar com ninguém que seguia no veículo.
O ônibus, que levava adultos, crianças e idosos, saiu de Cruzeiro do Sul com destino à capital às 7 horas da manhã com 26 passageiros. Na hora do assalto estava com 36.
A viagem entre as duas cidades pode levar mais de 17 horas de ônibus por causa dos buracos e das péssimas condições da rodovia federal. A passagem custa R$ 225.

Fotos: Jardy Lopes
O empresário Chiquinho Arara, dono do tradicional Araras Restaurante, localizado no bairro Quinze, no Segundo Distrito de Rio Branco, é uma das muitas pessoas da capital acreana que tiveram a vida diretamente afetada pela enchente de grandes proporções que atingiu a cidade neste ano.
Há 37 anos vivendo e trabalhando no local, ele afirma que esta é a terceira enchente que ele presencia no volume que apresentou em 2023. O empresário conta que os prejuízos são muitos e que não tem tido apoio ou mesmo a presença do poder público “para saber como as coisas estão”, segundo suas palavras.
“Nós estamos aqui numa situação muito difícil, com a alagação, um grande prejuízo. Final de semana fechado, talvez o próximo também, a água continua subindo e eu estou aqui sem apoio de ninguém, só os amigos mesmo, o poder público não aparece aqui nem para dar um bom dia para saber como é que tá”, reclamou.
De acordo com Chiquinho Arara, que trabalha com 21 pessoas no restaurante, em um fim de semana ele chega a faturar de R$ 20 mil a R$ 15 mil, um prejuízo que, segundo ele, torna difícil a situação para manter as despesas, alegando que após a alagação ninguém aparece para prestar apoio.
“Depois, fica difícil pra gente porque não chega ninguém aqui para dar um apoio. Você vai mexer no banco, pedir um empréstimo, é um juro lá em cima, você não consegue tirar dinheiro, não consegue nada, e o governo não chega aqui para dar um incentivo de nada. Aqui no Quinze é incrível como o pessoal esquece a gente”, ele diz.
Chiquinho afirmou também que a enchente nesta época do ano foi uma grande surpresa. Ele conta que apostava que após 15 de março não aconteceria uma enchente desse porte.
“Eu jurava que não ia ter mais alagação e Deus foi mostrar como ele tem muito poder para dizer como é que é. A prova está aí: alagou, mas nós estamos de cabeça erguida para se erguer”, concluiu.

Vários bairros em Rio Branco, sofrem com a enchente do Rio Acre. Com o aumento do nível das águas, mais locais começam a ser afetados, como é o caso da travessa 16 de Outubro, no Bairro Quinze.
De acordo com os moradores, cada vez mais pessoas estão sendo desabrigadas no local e iniciaram a retirada de seus bens materiais. Mesmo com a situação preocupante, foi pedido ajuda do poder público, mas até o momento não tiveram a solicitação atendida.
João Paulo, que possui uma residência na área, declara que ele e vizinhos estão sendo vítimas de comércios das proximidades, que aumentaram o preço dos materiais necessários para tentar salvar algumas móveis dentro das casas.
“A água está subindo aqui. Estamos retirando nossas coisas por conta própria. Muitas casas já alagaram. O pior é que as pessoas estão vendendo os produtos em preço elevado aqui para a gente”, declarou.
Além disso, o homem pede ajuda para conseguir retirar o restante de suas coisas da residência, porque não pode deixá-las, já que estão roubando os moradores que não ficam no local.
“Até agora não apareceu ninguém aqui para perguntar se estamos precisando de alguma coisa, de sacolão, caminhão ou algum lugar para ir. Enquanto isso estamos perdendo tudo, se virando sozinho e correndo perigo”, comentou.
As pessoas que ainda continuam nas moradias, afirmaram que vários objetos de um posto de saúde que fica no local, foram roubados. Com essa situação, pedem ajuda e apoio, principalmente com alimentação.

FOTO JARDY LOPES

O nível do Rio Acre segue em alta neste sábado, 01 e atingiu a marca de 17,61 metros na capital, segundo o boletim da Prefeitura de Rio Branco, das 18h.
São 2 centímetros a mais da última medição, informada às 15h, que estava em 17,59. A enchente já atingiu cerca de 56 mil pessoas, em mais de 40 bairros.
São cerca de 972 famílias e mais de 3 mil moradores somente na cidade, que estão desabrigados. O manancial passou da cota de transbordamento na quinta-feira, 23 de março.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, outras 1,3 mil famílias com 4,5 mil pessoas estão desalojadas e estão em casas de parentes ou amigos. Mais 27 comunidades rurais também foram atingidas pelas águas no município.

Um vídeo que circulou nas redes sociais neste sábado, 1 de abril, mostra um homem sendo imobilizado por policiais no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. O local está sendo usado para abrigar as pessoas que foram afetadas pela enchente na capital.
De acordo com populares, a ocorrência teria iniciado após uma briga de duas mulheres na fila para receber roupas de doação. O homem, não identificado, teria se envolvido para tranquilizar a situação, quando foi empurrado pelos agentes da PM e teria recebido um mata-leão.
Em nota, a Polícia Militar relata que o envolvido estava instigando tumulto na fila e que chegou a agredir uma das voluntárias com um soco no rosto. “Em seguida ele proferiu xingamentos (palavrão) aos policiais e ao receber voz de prisão disse que não seria preso. O acusado foi conduzido e entregue a Delegacia de Flagrante (Defla) para as devidas providências e foi liberado no mesmo dia”, declarou.
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