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Iphan abre licitação para reforma da Casa de Chico Mendes

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu, no último dia 29 de novembro, licitação na modalidade Tomada de Preço com o objetivo de contratar empresa especializada em engenharia e arquitetura para execução de serviços emergenciais de manutenção e reforma da Casa de Chico Mendes.


O aviso foi publicado no Diário Oficial da União e a sessão pública ocorrerá no dia 14 de dezembro, às 11h (horário de Brasília), na sede da Superintendência do Iphan no Acre. A Casa de Chico Mendes é o único bem tombado pelo Iphan no estado e principal atração turística da cidade onde viveu e morreu o líder sindical.

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Construída em 1960, a casa foi atingida pela enchente histórica de 2015, quando ficou parcialmente submersa. No ano seguinte, recebeu reforço estrutural, substituição das madeiras, pintura nova, microdrenagem e canalização das águas pluviais e rampa de acesso para acessibilidade, segundo o Iphan.


Atualmente, a casa precisa de novas reformas, principalmente em relação aos danos à madeira, que sofre com as intempéries. O patrimônio esteve aberto à visitação pública até 2018, desde quando permanece fechado após um impasse com o governo do estado, entre outros motivos alegados pela família.


Desde então, as negociações entre representantes das áreas de cultura e patrimônio histórico do governo com os familiares do líder sindical, que envolveram até a Ong SOS Amazônia, não resultaram em sucesso. Permanecendo a casa de memórias fechada e, consequentemente, sofrendo com a ação do tempo.


Em maio passado, o filho mais novo de Chico Mendes, Sandino, se manifestou mais uma vez sobre o assunto, após ser procurado pelo ac24horas. De acordo com ele, mesmo consciente da importância histórica da casa, a família considera que cabe a ela a decisão de reabrir ou não o patrimônio à visitação pública.


Dias antes, o Ministério Público Federal (MPF) no Acre havia aberto inquérito para apurar denúncias de descaso com a estrutura da casa. Sandino negou o descaso e disse que já havia recursos disponíveis para a reforma, depois de quando as discussões sobre a reabertura da casa seriam retomadas.


Tombada pelo Iphan em 2011, a Casa de Chico Mendes virou símbolo da luta socioambientalista, pois foi onde o líder seringueiro Chico Mendes morou durante seus últimos anos de vida e o local onde foi assassinado, em 1988. A casa é composta por quatro cômodos: sala, cozinha, dois quartos e um corredor.


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