Melhor sozinho

O governador Gladson Cameli perderá, mas perderá muito pouco com a inexplicável e inesperada saída do MDB de sua coligação. O seu maior ganho será a tranquilidade para tocar seu barco. E isso por uma constatação simples e secular: não se perde aquilo que nunca se teve.
Apesar de ser o partido mais favorecido entre todos, o MDB nunca esteve de mala e cuia no governo. Até aí, tudo normal. O MDB sempre foi MDB: metade fora, metade dentro. Parceiro apenas quando é conveniente.
Depois da debandada, parte do MDB decidiu ficar com Gladson.
Ao dar abrigo, não a um adversário político, mas a um inimigo pessoal do governador, o MDB mostrou que é capaz de tudo e que nada lhe satisfaz. Um verdadeiro saco sem fundo.
O MDB sempre teve do bom e do melhor na gestão e sua retribuição nunca foi compatível com as benesses que desfrutou.
Do boi o Glorioso só quis o filé e outras carnes nobres. A ossada nunca fez parte do seu cardápio.
Na Assembleia o partido sempre mostrou mais afinidades com os petistas do que com as agendas do governo. Aliás, em algumas circunstâncias o PT fez menos oposição ao governo.
Tal e qual o vice-governador, que tinha tudo na gestão, mas não se conformava em não ser ele mesmo o governador, o MDB está demonstrando o seu oportunismo.
Não me surpreendi, porque sempre falei ao governador que preparasse o couro e o terreno para enfrentar essa parada da reeleição sozinho. O histórico e a folha corrida dessa gente fala por si.
A deputada Mara Rocha e o irmão vice devem se curvar para agradecer ao Flaviano por abrir-lhes as portas, pois não restava a ambos mais nenhum outro lugar onde pudessem ser acolhidos.
O tempo dirá a resposta desse enigma: ou o MDB vai alavancar a deputada Mara ou esta vai puxar pra baixo a deputada Jessica Sales, cujas pesquisas demonstram a simpatia da candidatura dela ao Senado.
Jessica é forte eleitoralmente onde Gladson é ainda mais forte. Portando, acho que ela não fez um bom negócio.
A liderança pessoal do governador é inconteste e forte.
Apesar das pedras e obstáculos no caminho dele, o povo reconhece em Gladson um cidadão bem intencionado; que não faz da política seu meio de vida e nem usa o peso do governo para subjugar ninguém.
Ao final de tudo, o ditado “melhor sozinho que mal acompanhado” vai prevalecer mais uma vez.
Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas.com
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