Michele Melo, a pedra do sapato do Bocalom

Não tão brava quanto parece e nem tão ingênua como muitos pensam. A vereadora Michele Melo (PDT) é o que se pode chamar de “política moderna” e de palavra. Faz uma atuação incontestável no parlamento municipal, sendo uma das poucas vozes que contestam a atrapalhada gestão do prefeito Tião Bocalom. Apesar da ligação familiar com o ex-deputado Ronivon Santiago, ela tem luz própria e em nada lembra a velha política.
Veja o que ela pensa sobre a política, os políticos e a vida nessa entrevista que concedeu ao jornalista Roberto Vaz, no Bar do Vaz.


O deputado estadual Emerson Jarude (MDB) participou na tarde desta quinta-feira, 16, do Bar do Vaz e voltou a criticar o desafeto, o prefeito Tião Bocalom, a aprovação da nova reforma administrativa proposta pelo governo do Estado, além de mencionar as regalias concedidas aos 24 deputados da Assembleia Legislativa.
O parlamentar contou que não aprovou a reforma administrativa proposta pelo governo – tendo em vista que deverá gerar gastos milionários e trará sérios prejuízos à população. “Se tiver bons projetos, vamos estar lado a lado. Houve um acréscimo com gastos de cargos comissionados e funções gratificadas. Essa reforma adicionou R$ 4 milhões. A reforma saltou para mais de R$ 200 milhões É a maior na história do Acre. Essa reforma traz mais miséria e pobreza. Essa reforma também autoriza o número de cargos comissionados, agora, não conseguimos dizer quantos cargos terão. Portanto, não teve meu voto”, disse.
O parlamentar destacou ainda sua divergência com o atual líder do MDB na Aleac, deputado estadual Tanizio Sá. Segundo ele, a escolha não teve seu apoio e alega falta de diálogo para a construção da liderança na Casa Legislativa. “Para quem fala no grande expediente, é somente os líderes partidários. Por esse motivo, brigamos e foi muito claro. Nas eleições, tivemos as atenções voltadas ao MDB. A escolha foi imposta, não fiz parte da escolha, deixei isso claro para a executiva estadual. Fui comunicado por meio de documento. Eu questionei qual o critério para a escolha do líder, mas me informaram que foi pela maioria. Essa definição foi feita pela presidência”, revelou.
Emerson fez questão de defender que o MDB não deve fazer parte da base governista de Gladson Cameli, ao contrário de Tanizio que apóia a ideia – contrariando a executiva estadual. “Ele fez isso [Tanizio], na tribuna ele falou do alinhamento com o governo. Se o partido diz que é contra, não faz sentido ter um líder defendendo o governo”, comentou.
O parlamentar afirmou ao jornalista Roberto Vaz que além do salário e demais regalias, os deputados estaduais ainda recebem remuneração para compor as comissões do parlamento. “Particularmente, eu componho a Comissão de Constituição e Justiça. A Assembleia paga o deputado pela responsabilidade. A remuneração de um deputado passa por outras questões, é 75% do deputado federal, aumentou lá, já é escalonado”, justificou.
O emedebista ainda externou seu desejo em disputar a prefeitura de Rio Branco em 2024, mas deixou claro que o assunto deverá ser construído e não imposto. “Existe dentro do MDB, um diretório definitivo com mandato até 2024. Eu não conduzo esse trabalho sozinho. É uma possibilidade que a gente discute rumo à prefeitura de Rio Branco. Não temos intervenção na executiva municipal, mas é importante o alinhamento”, comentou.
Recém empossado deputado, onde está no seu primeiro mandato, ele ainda mencionou o abandono que se encontra a BR-364 que liga Rio Branco aos municípios do Vale do Juruá. “Estudos apontam que para concertar é R$ 2 bilhões. É muito dinheiro, não temos como custear”, garantiu.
Para não perder o costume, Jarude ainda cutucou o prefeito Tião Bocalom, quando indagado acerca da obra feita pela prefeitura no bairro Tropical. “Foi uma obra que mostrou a gestão do prefeito Tião Bocalom, totalmente desorganizada. Trouxe prejuízo aos moradores”, opinou.
Assista a entrevista na integra:


A presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), sargento Taynara Martins, foi a convidada nesta terça-feira, 7, do Programa Bar do Vaz, e deu detalhes do projeto do governo do estado que concederá 5 mil vagas da carteira nacional de habilitação a pessoas de baixa renda, tanto na zona urbana quanto rural de todo o estado em 2023.
Martins destacou que o programa oferece gratuidade em todo o processo de primeira habilitação de motorista, assim como para adição e mudança de categoria para quem já é habilitado. A gestora destacou que caso as pessoas não consigam obter êxito em passar na prova de primeira, ainda terá mais duas chances. “Sobre quem não passa de primeira, tem direito a três retestes. O desafio dos 100 dias o governador Gladson Cameli lançou 5 vagas somente esse ano e cerca de 20 mil estão previstas para os próximos anos, 5 mil em 2024, 5 mil em 2025 e 5 mil em 2026”, explicou.
A CNH Social é direcionada a estudantes com idade entre 18 e 25 anos, que cursaram e concluíram o ensino médio na rede pública de ensino, além de moradores das zonas urbana e rural inscritos no Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal. Taynara contou também que o projeto é uma referência aos outros estados da federação. “Muitos estados estão nos procurando para saber do projeto. O critério para a CNH principal é a pessoa ser de baixa renda, saber ler e escrever”, comentou.
Ainda sobre o programa, a presidente salientou que as pessoas que não sabem ler e escrever participam de um projeto de alfabetização que facilita na hora de adquirir a habilitação. “Temos também o programa onde a gente ensina as pessoas que têm dificuldade até a pessoa aprender. As pessoas que são de baixa renda ainda podem escolher a Auto Escola mais próxima de sua residência”, disse.
A mandatária do Detran lamentou o alto índice de acidentes de trânsito no Acre. Segundo ela, boa parte é por negligência dos condutores. “90% dos acidentes de trânsito ocorrem por negligência, ontem, eu estava no carro e uma mulher estava ao celular. Quando uma pessoa utiliza seu veículo, elas têm que ter consciência de que outras pessoas estão transitando. O número de acidentes com motociclistas é muito alto e o excesso de velocidade é uma das causas”, ressaltou.
A gestora do Detran citou sobre as blitz fiscalizadoras na cidade, reforçando que elas são rotineiras e ajudam a salvar vidas. “As fiscalizações nunca pararam e não vamos parar por ser uma forma de preservar vidas”, pontuou.
Sendo o Acre um estado onde se registra muitos acidentes, Martins lembrou que o órgão já disponibilizou mais de R$ 85 milhões para ações de saúde e segurança. “Os hospitais estão cheios de pessoas vítimas de acidentes de trânsito. Uma pessoa custa em média R$ 14 mil ao poder público. A gestão Gladson Cameli pensa nas pessoas. Nós investimos muito nos últimos anos “, garantiu.
Assista o programa na integra:


O novo presidente da 16° legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), participou do programa Bar do Vaz nesta quinta-feira, 2, e prometeu que deverá focar na ampliação do prédio da Casa do Povo.
Ao falar da eleição que lhe sagrou presidente do Poder Legislativo, Luiz contou que devido ao grande número de pessoas na posse do governador Gladson Cameli, sente a necessidade de ampliação da Aleac. “Eu senti uma responsabilidade muito grande. O Nicolau se tornou um grande político, ele se tornou muito hábil nesse período que ele foi presidente. A ideia é construir um prédio porque ali está pequeno”, justificou.
Gonzaga também fez questão de adiantar que deverá focar na realização de um concurso público no parlamento, além de instalar o ponto eletrônico aos servidores. “Fazer um concurso para fazer com que a casa funcione. A partir do dia 6 de fevereiro vai ter ponto eletrônico, temos que fazer as coisas baseadas na lei e por isso tem uma legislação”, ressaltou.
Ao jornalista Roberto Vaz, o presidente citou as polêmicas com o presidente do PSDB no Acre, Manoel Pedro, o Correinha. Segundo ele, não existem mágoas e que o problema lhe ajudou na reeleição ao seu sexto mandato. “Aconteceu, mas nunca levei a público porque eu sabia a quem me dirigi, o presidente do partido nacional que me garantiu a eleição. pessoa que trabalha desunida sempre perde. Tudo é uma questão de visão, na realidade, todo o trabalho do Correinha me ajudou. Ele fez com que o Cadmiel achasse que poderia ganhar de mim. gente tem que separar o lado bom das coisas, me ajudou”, afirmou.
O tucano fez questão de agradecer a confiança dos parlamentares na eleição da Mesa Diretora. “Os antigos defenderam a nossa candidatura, eu e o Nicolau trabalhamos para todos. Não tinha situação e oposição, ele não dificultava os debates. Então, era chapa única e tudo ocorreu de forma tranquila”, argumentou.
Outro ponto que precisa melhorar na avaliação do novo presidente, é a segurança da Aleac. Gonzaga admitiu que deverá lutar pelo porte de arma de fogo aos seguranças da Casa do Povo. “Vamos dar mais armamento, porte de armas. Pedimos orientação da Polícia Federal para controlar a entrada das pessoas, todo mundo vai poder entrar, mas vai ser preciso passar por uma avaliação”.
Gonzaga falou abertamente que não procede os rumores que o salário e benefícios de um deputado estadual chegue a mais de R$ 200 mil reais. “O salário de um deputado é 75% de um deputado federal, segundo não tem como a gente ter um ganho acima deles. Já as verbas extras são a mesma coisa. As viagens são com verba minha, a assembleia dá condições para que o deputado estadual possa trabalhar”, mencionou.
Luiz revelou que a Assembleia Legislativa não é um puxadinho do governo onde acata todas as decisões. De acordo com o parlamentar, o Poder Legislativo é independente. “Ali sempre tivemos posição, isso é do parlamento, os vetos nem todos acatamos, mesmo com o deputado Nicolau sendo cunhado do governador a assembleia sempre teve”, explicou.
O parlamentar disse ainda que mantém amizade com Wherles Rocha, que estava como vice-governador de Gladson Cameli. Para ele, existem apenas diferenças políticas. “Ainda sou amigo, mais ele na defesa dele e eu no meu. Ele decidiu ir pelo caminho dele e eu não concordava e fui contra o que ele tava fazendo”, avaliou.
Assista a entrevista na integra:

Bar do Vaz
Procuradora Patrícia Rêgo diz que mulheres mortas no Acre geram órfãos em situação preocupante

O Bar do Vaz entrevistou nesta terça-feira, 31, a procuradora de justiça do Ministério Público, Patrícia Rêgo, que falou abertamente da violência contra a mulher. Segundo a procuradora, somente nos últimos anos mais de 60 mulheres foram vítimas do crime de feminicídio.
Rêgo afirmou que a causa desses crimes ocorre devido à maneira de criação – chamado de machismo estrutural, do preconceito, gênero e classe estrutural. “Precisamos se situar. É o 5° país com a pior taxa de feminicídio, o Acre tem a pior taxa, sendo o primeiro com essa taxa desde 2018. O Acre não é lugar seguro para a mulher viver O feminicídio é o ápice do crime e a causa é o machismo de uma sociedade patriarcal e é sobre isso que precisamos abordar. Isso gera uma desigualdade entre o homem e a mulher. Nós tivemos nos últimos anos 149 homicídios, destes, 61 feminicídios e mais de 85% ocorreu pelo companheiro, marido, namorado”, declarou.
Patrícia relatou ainda que somente no Acre, centenas de crianças e adolescentes ficaram órfãs devido ao crime. “Tivemos 102 crianças e adolescentes que ficaram órfãos, o pai vai preso, e a pena é de 12 a 30 anos. Ele é o cidadão de bem que vai pra igreja, trabalhador. O feminicídio ocorre em todas as classes sociais, mais de 70% das mulheres estão em situação de vulnerabilidade”, mencionou.
A representante do MP também criticou os discursos proferidos pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro durante sua gestão. “Declarações misóginas que encorajam o ódio. Nunca imaginei que pudesse assistir uma cena daquela. Felizmente, as instituições reagiram e vamos seguir”, opinou.
A procuradora citou no decorrer do entrevista a diferença do crime de assédio e estupro. “Não é não, ela pode se exibir, usar roupa que quiser, mas, ela estipula limites”, disse.
Rêgo pontuou também que a situação de inferioridade da mulher na política acreana – na bancada estadual e federal. “Se olhar pra política, temos mais da metade das pessoas da classe política sendo composta por homens, temos uma minoria que salta aos olhos. Quando uma mulher abre uma porta, ele abre para outras passar
Temos minoria também no judiciário como o STF e STJ. Algumas mulheres ganham menos que os homens, no serviço público temos menos, mais no privado, é mais. No poder judiciário, de 30 promotoras, temos 3”, reclamou.
Ao citar uma pesquisa do Datafolha, a Rêgo contou que na pandemia, as mulheres tiveram que abrir mão de suas carreiras para cuidar dos filhos e idosos. “A cultura da desigualdade é muito grande, a mulher só passou a ter liberdade plena apenas em 2022. Ela precisava de autorização para quase tudo”, argumentou.
Ao fim, em um bate papo descontraído com o jornalista Roberto Vaz, Patrícia pediu empenho do governo na distribuição de recursos públicos. “Precisamos melhorar as políticas públicas de prevenção. Enquanto não houver mudanças, a situação não melhora. O governo precisa melhorar isso”, analisou.
Assista a entrevista na integra:

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