Uma das lideranças do movimento feminista no Acre, Lidianne Cabral, comentou ao ac24horas as denúncias envolvendo o secretário municipal de saúde, Frank Lima, acusado de assédio sexual por pelo menos sete servidores da pasta. Vereadoras afirmam que vão procurar a Câmara de Vereadores e Ministério Público do Acre (MPAC) após as denúncias.
Lidiane, que já foi chefe de Departamento de Políticas Públicas das Mulheres, se colocou à disposição das servidoras e ressaltou que esses episódios em ambientes públicos não são uma novidade para o movimento feminista.
“O movimento sempre se coloca em apoio às vítimas, as mulheres. Uma mulher sempre é dada a voz pra ela nesses momentos. Sabemos que isso não é um episódio novo, talvez o protagonista [Frank Lima] sim, mas já é de praxe de toda a gestão, sempre existem situações dessa natureza. Infelizmente, nós mulheres além de ter que ocupar as posições necessárias na sociedade, a gente ainda fica à mercê desse tipo de situação. Aguardamos que a Prefeitura tome uma providência em relação a isso”, afirmou.
No domingo, Frank Lima afirmou que é inocente e que jamais assediou sexualmente qualquer servidora. O gestor contou que as denúncias são motivadas por vingança, após mudanças que ele determinou no Fundo Municipal de Saúde.
“Estou com a consciência tranquila, não tenho do que temer. Eu vou ter a oportunidade de me defender, o Ministério Público vai poder conversar com as pessoas e verificar que jamais pratiquei alguma conduta de assédio contra ninguém. O que acontece é que estamos passando por um processo de moralização na secretaria desde que assumimos. Descobrimos diversas irregularidades no Fundo Municipal de Saúde e determinei que alguns procedimentos fossem adotados e algumas pessoas fossem tiradas. Não tenho dúvida de que essas denúncias são por vingança”, afirma.