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Polícia acreana prende suspeitos de atuar como “coiotes” em meio à crise imigratória

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Na imigração ilegal, “coiote” é o agente que conduz os estrangeiros pelas áreas de fronteira, mediante pagamento de altos valores. Apenas nesta semana, enquanto se desenrola o drama dos imigrantes retidos na cidade de Assis Brasil, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) prendeu dois homens suspeitos dessa prática ilegal, qualificada como tráfico de seres humanos.


Na última segunda-feira, 15, o Gefron prendeu o primeiro suspeito de atuar como coiote no transporte de imigrantes do Brasil para o Peru. Com ele, que vinha de São Paulo acompanhando um grupo de 80 haitianos, apreendidos mais de R$ 60 mil em espécie, além de dólares americanos e soles peruanos. A prisão aconteceu na BR-317, que liga as cidades de Brasiléia e Assis Brasil.

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Nesta quarta-feira, 17, o Grupo de Fronteira surpreendeu mais um suspeito. De nacionalidade peruana, o homem foi preso com 15.150 dólares, 222 reais e 140 soles peruanos, segundo a Assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Setups). O delegado de Polícia Civil, Rêmulo Diniz, disse que o segundo suspeito adotou o mesmo modus operandi do primeiro.



“Ele veio em voo onde vários imigrantes chegaram do estado de São Paulo e não tem qualquer comprovação da origem do dinheiro. Praticamente todo o dinheiro era em moedas estrangeiras, o que necessita de um câmbio por órgãos oficiais aqui no país e ele não apresentou os documentos”, explicou o delegado que coordena o Gefron acreano.


Desde a semana passada, o Gefron vem realizando operações mais intensas na faixa de fronteira entre Assis Brasil e Iñapari, com o fim de coibir a ação de pessoas que atuam na travessia de estrangeiros entre os dois países. No último sábado, 12, os policiais encontraram cerca de quarenta estrangeiros se preparando para cruzar para o lado peruano com ajuda de atravessadores.


O Peru mantém suas fronteiras fechadas e proibiu a entrada de qualquer estrangeiro, alegando que as normas sanitárias do país, impedem a travessia de pessoas vindas do Brasil. Com isso, cerca de quatro centenas de imigrantes de 8 nacionalidades se encontram retidos em Assis Brasil, segundo as últimas informações da Secretaria de Assistência Social do município fronteiriço.


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