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Estudantes organizam greve geral contra redução de verbas na Ufac

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A Universidade Federal do Acre (Ufac) já estava se planejando para um corte de 15% no repasse de verbas públicas enviados pelo governo federal. No entanto, foi surpreendida com o anúncio do Ministério da Educação (MEC) ao ser informada sobre a perda de 30% no envio à universidade pública – o dobro do esperado. Prontamente, estudantes da Ufac, em consenso com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) de diversas instituições, decidiram organizar uma greve geral prevista para ocorrer no próximo dia 15 de maio.


A paralisação pretende levantar uma luta estudantil contra a redução orçamentária. Para o presidente do DCE no campus de Rio Branco, Richard Brilhante, os cortes que a universidade pública vem sofrendo implicam diretamente no funcionamento da Ufac. “Estamos sofrendo uma sequencia de cortes, desde o final do governo Dilma, passando por Temer e agora, mais fortemente, com o atual presidente, Jair Bolsonaro. Isso congela nosso funcionamento e afeta nossas pesquisas, nossos projetos de extensão e, ainda, nosso ensino”, afirma.

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Além disso, a diminuição no repasse financeiro interfere drasticamente na permanência do acadêmico na universidade, uma vez que, segundo Brilhante, muitos alunos dependem da política de cotas, sustentada com verbas Governo Federal. “Com isso, tivemos um corte significante de bolsas que seriam destinadas a alunos do interior do estado que estão na Capital com baixas condições financeiras, com vulnerabilidade social, bolsas que auxiliam no transporte público, e outras”.


A política de cotas garante que estudantes pobres acessem a universidade do Acre, mas com os cortes, a maioria não conseguirá se manter dentro da academia. “Os cortes ainda significam redução para o Restaurante Universitário, redução da segurança no campus, redução de limpeza, coisas que já tinham sido tratadas e, até então, parcialmente resolvidas”, ressalta Richard.


Assembleia geral

Estudantes e administração da universidade estão juntos nesse embate. Na próxima quarta-feira, dia 8, o DCE estará reunindo em assembleia geral com os estudantes, os centros acadêmicos, as atléticas, colegiados de cursos para discutir com a administração da Ufac a participação da instituição na greve nacional, marcada para acontecer no dia 15 deste mês. “Já existe uma predisposição da universidade como um todo para participar do ato”.


Diálogo com alunos

Desde a semana passada, o DCE, tanto em Rio Branco como em Cruzeiro do Sul, está percorrendo sala por sala da universidade para dialogar sobre os cortes no ensino superior. “São desastrosos os resultados dos cortes e nossas armas de combate é resistência. O momento é de união e de luta contra o governo que tem como pauta principal, o desmonte da educação”.


Reunião com o MEC

A reitora da Ufac, Guida Aquino, que também é secretária da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superiores, diz que ainda não recebeu nenhum ofício do MEC sobre os cortes, mas declarou que está com uma reunião agendada com o novo ministro para o dia 16 de maio, em Brasília.


“Se mantido o corte de 30% anunciado no início da semana, equivale a perda de R$ 15 milhões de reais para a Ufac, o que impede de viabilizar o segundo semestre de 2019”, revelou a reitora.


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