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Flertarndo entre direita e esquerda, PSL oficializa Ulysses ao governo do Acre

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Em convenção realizada na manhã deste sábado (28) com discursos políticos de esquerda e de direita, o Partido Social Liberal (PSL) oficializou o coronel da Polícia Militar Ulysses Araújo como candidato ao governo do Acre.


A convenção aconteceu no auditório da Livraria Paim, reunindo militantes da legenda e, sobretudo, simpatizantes do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).


Antes do início oficial da convenção, o secretário-geral do PSL, Lauro Fontes, defendeu idéias identificadas com o campo da esquerda, como o acesso dos mais pobres a uma educação superior gratuita de qualidade.

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As ideias de Fontes vão contra o conteúdo programático do PSL, visto como um partido de extrema-direita. Fontes defendeu o fortalecimento, dentro do partido, os grupos de minorías étnicas e sexual.


Além desta “confusão ideológica”, a convenção teve como um de seus ápices o momento em que a música do filme “Tropa de Elite” foi tocada.


Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Ulysses tenta pegar carona na popularidade de Bolsonaro, que no Acre lidera a preferência dos eleitores entre os postulantes ao Planalto.


Em todo o material de campanha produzido, Ulysses faz questão de mostrar sua proximidade com o presidenciável. A semelhança entre ambos também está no discurso de priorizar o combate à violência.



O tema da segurança é o primeiro do folder elaborado pelo PSL com os projetos de Ulysses. Entre as propostas não há grandes diferenças para as já debatidas por outros candidatos em eleições passadas.


A que mais se diferencia é a da criação de grupos de policiamento de fronteira, cuja atribuição é do governo federal.


Para Ulysses, a crise da segurança não é um problema nacional, mas específico do Acre. Ele afirmou que o estado é 500 vezes mais perigoso do que São Paulo. Outro ponto defendido por ele é o fortalecimento das políticas para o setor rural como forme de assegurar o desenvolvimento econômico.


Sobre Bolsonaro, o coronel afirmou que absorverá ao menos 90% das ideias defendidas pelo presidenciável.


“Todas as ideias que ele tem logicamente é de benefício para o nosso país e isso também vai se refletir para o nosso estado. Nós vamos seguir a mesma linha”, disse ele.


O agora candidato fez críticas aos governos petistas do Acre, em especial às políticas de isenção fiscal cujos resultados não foram sentidos, e disse que vai abrir a caixa-preta do Estado.

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De acordo com ele, sua eventual gestão vai investigar possíveis desvios dos recursos públicos aplicados na construção da BR-364, da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), entre outros.



O público presente mostrava muito mais entusiasmo com a campanha de Bolsonaro do que com do coronel acreano.


Os fãs do presidenciável tinham à disposição uma “loja” onde era possível comprar blusas do deputado federal. Cada camiseta custava R$ 30.


Alianças

Isolado até o início da semana que passou, o PSL conseguiu fechar aliança com os também nanicos PSC e o Patriotas. Ao todo, a coligação terá mais de 40 candidatos a deputado estadual e federal. A chapa terá como candidato ao Senado o advogado Pedro Luís Pedrazza.


Perfil

Ulysses Freitas Pereira de Araújo, 45 anos, é natural de Cruzeiro do Sul. Sua carreira militar começou ingressando no Exército aos 18 anos. Formado como oficial, ingressou na PM do Acre. Foi um dos fundadores da Companhia de Operações Especiais (COE) no fim da década de 1990, hoje Bope.


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