Costumo escrever que as misturas da política com a religião e o sindicalismo são explosivas e causam danos irreparáveis à democracia. Mas infelizmente é isso que estamos assistindo no movimento sindical legítimo, num primeiro momento, dos caminhoneiros brasileiros. Depois de praticamente pararem o país e forçarem o Governo de Michel Temer (MDB) a sair do imobilismo e baixar o preços dos combustíveis, agora, parece que os caminhoneiros estão sendo usados por grupos políticos radicais. Por um lado, a extrema direita colocando na pauta das reivindicações a queda do atual Governo e uma intervenção militar. No outro extremo, forças de esquerda exigindo “Lula Livre”. Tanto num caso como no outro existe uma distorção perigosa do movimento dos caminhoneiros. O propósito inicial da greve de fundo econômico está sendo alterado para o político o que certamente irá enfraquece-la junto à opinião pública. Todos estão sofrendo com a paralisação dos transportes no país. Portanto, a entrada de pautas políticas irão alongar os prejuízos. Isso não tem o menor sentido ainda mais que estamos às vésperas de eleições gerais. Parece que parte da população brasileira frustrada com a “roubalheira” e a “corrupção” dos nossos políticos quer uma vingança. Só que não acredito que uma intervenção militar seja a solução, mas sim a fiscalização dos recursos públicos e a mudança que o povo brasileiro poderá fazer nas urnas.
Tiro pela culatra
A queda da presidente Dilma Rousseff (PT) não resolveu todos os problemas do país como esperavam. Entrou a turma do Temer que é muito pior e está levando o país à ruína. Mas a queda de dois presidente num curto espaço de tempo poderá ser fatal para a nossa democracia. O melhor remédio nesse momento chama-se eleição.
Guerra “pesada”
As discórdias entre o atual prefeito de Cruzeiro do Sul Ilderlei Cordeiro (PP) e o ex Vagner Sales (MDB) estão tomando contornos de “tragédia”. Uma verdadeira “enxurrada” de denúncias de lado a lado. Na minha opinião, nessa “guerra” entre os dois nenhum sairá vencedor. Correm o risco de “morrerem” abraçados.
Avisos não faltaram
Quando Vagner escolheu Ilderlei como candidato à prefeitura recebeu muitos avisos para que refletisse melhor. Ele tinha outras opções e certamente teria elegido quem colocasse a mão em cima porque estava no auge da sua popularidade e com a “máquina” na mão. Agora, o Leão do Juruá terá mais uma frente de batalha entre as muitas que já têm.
Olho vivo
A entrevista que o Vagner concedeu ao jornalista Rogério Wenceslau da TV Gazeta tem denúncias seríssimas contra Ilderlei. O Ministério Público precisa urgente investigar cada um delas. Saber o que é briga política e aquilo que pode estar gerando “danos” à população de Cruzeiro do Sul.
Quem perde
Um dia conversando com o senador Gladson Cameli (PP) sobre essa briga de prefeitos de Cruzeiro do Sul ele me disse: “Não estão pensando em mim”. É verdade. O desgaste para o pré-candidato ao Governo do Estado será enorme. Como irá montar um palanque na sua terra sem um dos dois que são seus fortes aliados? Será estranho.
Há pouco tempo…
Nas eleições de 2016 estavam todos juntos com Ilderlei no mesmo palanque endossando para a população que ele faria uma boa gestão ao município. Agora, o mínimo que Vagner e Gladson podem fazer é se desculparem com os eleitores que foram convencidos por eles. A não ser que um dos dois aprovem a atual administração da prefeitura de Cruzeiro do Sul. Nesse caso está tudo certo.
Redução necessária
É preciso que o atual Governo do PT estude a possibilidade de reduzir o ICMS sobre os combustíveis. Esse é um dos fatores, não o único, que torna a gasolina do Acre a mais cara do Brasil. Atualmente o Estado tem outras fontes de arrecadação que poderão ser otimizadas com a redução desse imposto.
Com razão
A deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) tem razão ao pedir a redução do ICMS sobre vários produtos que entram no Acre. Baixando o preço das mercadorias aumenta o consumo e os impostos acabam sendo arrecadados de outras formas. Simples assim.
Auxílio importante
A Comissão de Saúde da ALEAC fará um encontro aberto em Cruzeiro do Sul para analisar a atual situação do Hospital Regional do Juruá. Segundo me informaram existe muito medo por parte dos funcionários devido as perseguições políticas.
Desmonte
O Hospital Regional do Juruá estava se transformando numa unidade de saúde de referência na Amazônia. Teve momentos de ter nos seus quadros excelentes médicos especialistas em neurologia e cardiologia. Mas não sei o que houve com o atual Governo do PT. Há algum tempo que o Hospital do Juruá começou entrar em decadência. Muitos médicos foram embora e, segundo me informaram, faltam insumos básicos para o seu funcionamento. Uma tragédia.
Qualificados
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) é um parlamentar equilibrado e tem a seu favor a experiência de ser um bom médico. Terá a companhia do deputado Nelson Sales (PP) para fazer o encontro com os funcionários do Hospital do Juruá. Acredito que possam ajudar.
Tragédia humana
Leio numa pequena nota, entre muitas que saem publicadas diariamente na imprensa, sobre o assassinato de um jovem de 19 anos na região Baixada, em Rio Branco. Ele foi torturado e depois executado. Tudo indica uma vingança na famigerada guerra entre facções. Agora, o que me assombra é a tranquilidade com que as nossas autoridades de segurança do Estado convivem com essas tragédias cotidianas. Sempre atribuem aos fatores externos essa situação de violência que vivemos no Acre. Os culpados são sempre os outros. Triste quando aqueles que foram escolhidos como representantes da nossa população não assumem as suas responsabilidade e só pensam em política eleitoral.