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Rio Branco é a 7ª em oportunidade na educação

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IOEB põe Rio Branco entre as 7 capitais com maior qualidade no ensino do País, resultado de fatores como qualificação, continuidade, gestão e parceria com Governo do Estado


O Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB) põe Rio Branco em 7º lugar entre as capitais brasileiras, com 4,6 pontos, colocação melhor que municípios ricos, como Rio de Janeiro e Vitória, que recebem muitos recursos da extração de petróleo, por exemplo – ou uma cidade de população equivalente a da capital acreana, como Campos de Goytacazes (RJ), riquíssima pelos royalties minerais.

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Em um dos componentes do IOEB, a de número de professores com nível superior, Campos está bastante atrás de Rio Branco, com apenas 75% de seus professores formados em universidades. A capital do Acre tem 96% dos docentes com diploma universitário. Campos tem pelo menos outros quatro componentes do IOEB melhores que os de Rio Branco mas nos quesitos ´IDEB Anos iniciais ajustados´, ´IDEB Anos finais ajustados´, ´Taxa líquida de matrícula no ensino médio´ as notas de comparação entre Rio Branco e Campos são as seguintes: 5,1 e 3,9; 4,1 e 3,5; 6,5 e 4,2, respectivamente.


A situação de Rio Branco é melhor ainda que Fortaleza, Campo Grande e Brasília e esse desempenho foi comemorado pela Secretaria Municipal de Educação (SEME), apesar de o IOEB não ser um indicador oficial como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) mas é considerado “muito bom” porquanto criado por profissionais especializados e que participaram da elaboração do IDEB, este sim um indicador oficial do Ministério da Educação, onde Rio Branco permanece há três anos entre os cinco melhores do País.


O IOEB é uma inciativa do Centro de Liderança Pública com o apoio do Instituto Península, da Fundação Lehmann e da Fundação Roberto Marinho, criado pelo mesmo inventor do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) Reynaldo Fernandes, ex-presidente do INEP, e por Fabiana de Felício, que foi diretora de Estudos Educacionais do INEP. “É um índice interessante porque amplia a quantidade de indicadores para avaliação de um conjunto”, disse Márcio Batista, secretário de Educação e vice-prefeito de Rio Branco. O prefeito Marcus Alexandre declarou compartilhar mais essa vitória com o Governo do Estado, parceiro de todos os avanços da Prefeitura.


O IOEB é composto por variáveis como número de crianças frequentando a escola, número de crianças escolarizadas, experiência dos diretores, jornada escolar, grau de escolaridade dos professores e nível de aprendizagem dos alunos. Em todos a rede escolar de Rio Branco mostra resultados satisfatórios, garantindo a terceira melhor nota no ranking das capitais, empatado com outros municípios.


IOEB sobe com oportunização e investimentos na criança


Trata-se de um índice que calcula a qualidade das oportunidades educacionais oferecidas por municípios e estados. Seu resultado aponta quanto cada município será determinante para o sucesso educacional das pessoas que vivem ali. Ao capturar todo o ecossistema da educação básica, o IOEB considera todas as crianças em idade escolar dos municípios e Estados, abordagem única entre os índices de educação. Até então, a percepção da qualidade da educação de determinado município era vista apenas com base nos resultados obtidos pelas provas nacionais. O problema é que tais resultados contemplam apenas o contingente de crianças que frequentam a escola, deixando de fora todo um grupo de crianças em idade escolar, mas que não estão na escola. Esse fator pode gerar distorções na percepção da real qualidade da educação oferecida pelos estados e municípios. Apenas para citar um exemplo, na Escola Chico Mendes, na região da Corrente, a visão é de “investimento e oportunização” às crianças: “o aluno chega aqui fora da idade/série mas nós investimos nela. A gente oportuniza a chance de ela estar na escola”, disse Suzulei Lafuente, diretora da Chico Mendes.


De fato, lembra o secretário Márcio Batista, investimentos sob todos os aspectos são a marca da educação básica em Rio Branco, iniciando-se pelas creches até as séries finais.


Avanços em Rio Branco se refletem em todo o Estado: “é a nossa principal política pública”, diz Marcus Alexandre


Para se chegar à nota final, os idealizadores observaram a nota de prova, o fluxo – se os alunos estão passando de ano, e se eles estão completando o ciclo na idade correta. Em todos esses pontos, entra a formação continuada dos professores, programa que há dez anos capacita professores em Rio Branco, atualizando-os e preparando-os para cada novo ciclo.


Em nível de Estado, o IOEB deu nota 4,2 à educação do Acre, resultado melhor que o do Rio de Janeiro (4,1) e do Pará (3,5). Para efeito de comparação, o Acre é o 14º no ranking geral, Rio é 15º e o Pará, 27º. São Paulo é primeiro, com 5,1. Os avanços em Rio Branco refletem em todo o Estado –e por sua vez o desempenho da capital é reflexo da parceria com o Governo do Acre: Prefeitura e Governo do Estado mantém um grande pacto pela educação, o Regime de Colaboração, pelo qual o prefeito Marcus Alexandre tem agradecido muito ao governador Tião Viana. “Para nós, a educação é a principal política pública”, reafirmou o prefeito. O Regime de Colaboração permitiu ampliar a oferta de vagas na rede de ensino da capital.


Os idealizadores explicam que o novo índice é uma soma de vários indicadores de resultado e indicadores de insumos, também. Qualidade dos professores, tempo de jornada na escola das crianças, experiência dos diretores também contam. O IDEB nos anos iniciais ajustados de Rio Branco é de 5,1, enquanto do Rio de Janeiro é de 4,9.


Avaliações são constantes e equipe pedagógica “acampa” na escola


Segundo os idealizadores do IOEB, uma cidade com muitos alunos fora da escola pode obter resultados em provas que vão além da real situação da educação oferecida. Uma nota boa, não necessariamente significa que o poder público esteja cumprindo com o seu dever de oferecer educação para todos os cidadãos em idade escolar. Em Rio Branco é o contrário, já que os investimentos são fortes para garantir o maior número de crianças e jovens nas escolas.

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As escolas de Rio Branco refletem essa variável, de acordo com a coordenadora de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação (SEME), Cleice Cléia Gonçalves, são realizadas três avaliações ao ano, inclusive dos professores, com intenção de promover intervenções que ao final de um ciclo garantam a aprendizagem com qualidade do aluno. “As avaliações levam a ajustes que incluem reforço escolar”, explicou Cleice Gonçalves. Em determinadas situações, a equipe pedagógica da SEME acampa na escola.


Há em parte reconhecimento de que o IOEB seja capaz de capturar, de forma mais precisa, o cenário da educação local, uma vez que inclui os alunos em idade escolar, mas que estão fora da escola. Os fatores que compõem o Índice e retratam a situação de falta de atendimento escolar são a taxa líquida de matrícula e a taxa de atendimento da educação infantil. “O IOEB mostra que estamos no caminho certo e que o trabalho da Prefeitura de Rio Branco é consistente”, observou o professor Hildo Montysuma, diretor de Ensino da secretaria de Educação.


Experiência e qualificação são grandes diferenciais na gestão e nos indicadores


A política de formação continuada dos profissionais da SEME completa uma década em 2015. Os resultados são perceptíveis: além da alta taxa de professores com faculdade completa, o processo produziu a mais experiente e qualificada geração de diretores de escola na capital, não obstante muitos terem sido eleitos há poucos anos – como a professora Ana Cristina de Moura, que ocupa a função de diretora da Escola Anice Dib Jatene, no Conjunto Manoel Julião, desde 2014. “Temos de nos manter qualificando”, disse ela, que elenca como fatores que facilitam o desenvolvimento da gestão a natureza “acolhedora e inclusiva” da SEME.


No enclave entre os bairros Santa Inês e Corrente encontra-se a já mencionada Escola Chico Mendes, onde a diretora Suzulei Lafuente estabeleceu quatro objetivos para melhorar manter-se entre as melhores no IDEB (a escola tem 6,1 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica): dar boa destinação aos recursos financeiros, gestão democrática, flexibilidade e planejamento com acompanhamento da execução das metas. “Fazemos avaliação mensal para saber se o que planejamos com a comunidade está sendo executado com a devida qualidade”, diz Suzulei, que coordena 60 professores e trabalhadores de apoio e 430 alunos, entre eles os pequenos João Victor e Alice.


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