O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki homologou nesta sexta-feira a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, preso durante a Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Zavascki entendeu que a delação tem validade legal e que as informações prestadas pelo doleiro tinham relevância para as investigações.
Com a homologação da delação, Alberto Youssef terá direito a alguns benefícios, como por exemplo redução de penas, mas terá que devolver parte do dinheiro desviado e pagar multa.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi o primeiro a ter homologada a delação pelo Supremo. Costa cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.
O ministro Zavascki também autorizou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para desmembramento das informações prestadas nas delações de Youssef e de Paulo Roberto Costa para a abertura futura de processo autônomos.
As informações voltarão à PGR para que sejam preparados os pedidos de inquérito em relação a parlamentares com foro privilegiado. Parte das delações seguirão para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro de governadores de estado. Outras, serão encaminhadas à 13ª Vara Federal de Curitiba, onde correm os procedimentos em relação a quem não possui prerrogativa de foro.