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Justiça não decreta prisão de mãe que degolou filha na divisa do Acre com AM

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A Justiça decidiu, na última segunda-feira (27), não decretar a prisão de Vanuza Nascimento da Silva, de 25 anos, acusada de ter degolado a filha de 4 anos em Lábrea (a 851 quilômetros de Manaus) no último dia 21. Conforme o juiz da Vara Única do município, Carlos Zamith de Oliveira Júnior, a medida levou em consideração indícios de que a mulher sofra de retardo mental.


Vanuza recebeu alta médica e deve ficar asilada em uma igreja do município, podendo ser transferida para Manaus a fim de receber tratamento psicológico em um hospital de custódia. De acordo com Zamith, tanto a atitude quanto os depoimentos de familiares mostram o desequilíbrio de Vanuza.

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“Ela tem todos os indicativos de uma pessoa que tem deficiência mental. Ela também está convalescendo do ferimento no pescoço e teria que receber alta na segunda-feira. O delegado da cidade me reportou que como o flagrante foi feito, ela teria que ser detida na unidade com outras presas, mas não tem qualquer condição psicológica e física”, disse o magistrado.


Zamith ainda explicou durante entrevista que o ideal seria a mulher ser custodiada em um hospital. “Lá no interior tudo é carente… A pessoa não tem facilidade pra chegar ao hospital. Por isso resolvemos mantê-la com a liberdade restrita na instituição. A gente acredita que ela vai ajudar já que ela mesma precisa de ajuda. A decisão ainda não foi oficializada, mas vai ser inserida no processo”, contou.


Surto


Durante o processo, a Justiça deve submeter Vanuza a um exame psiquiátrico. O laudo clínico pode elucidar o caso informando se a mulher teve um surto psicótico no momento do crime. “Na cidade dizem que ela é esquizofrênica e os próprios parentes contam que ela não tem sanidade mental. Caso seja comprovado que ela teve um surto, naturalmente ela não será julgada, tendo em vista que ela não estava em plena consciência”.


Com liberdade restrita, Vanuza ficará abrigada em uma igreja de padres maristas de Lábrea. O objetivo da Justiça é conseguir tratamento psicológico para a mulher em um hospital de custódia. Para isso, segundo Zamith, existe a possibilidade de transferência para a capital amazonense.


“O convívio a sociedade só pode ser obtido por meio de tratamento em um hospital de custódia. Com esse respaldo médico, ela recomeçaria sua vida fora do local, ou também pode permanecer lá por anos e anos. Nesse caso, podemos apelar a ida dela para Manaus, que oferece mais opções. Ela precisa muito de ajuda”, ponderou.


Relembre o caso


O crime ocorreu no último dia 21, em Lábrea. Segundo a Polícia Civil, Vanuza degolou a filha com uma faca de 30 centímetros e tentou cometer suicídio em seguida cortando o próprio pescoço. Após ser acionada pelo tio da vítima, a Polícia Militar impediu o suicídio e a mulher foi internada em uma unidade de saúde. A criança morreu no local.


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