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Pesquisadores descobrem novo método para prever intensidade de chuvas

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Um grupo de cientistas do Brasil e Alemanha conseguiu predizer eventos climáticos extremos nos Andes e na Amazônia, por meio de um novo método de previsão meteorológica. Com o uso de métodos convencionais, se consegue prever a ocorrência de chuvas. Até então não era possível detectar sua intensidade, mas ao aplicar uma técnica de redes complexas aos dados meteorológicos obtidos por satélites, o grupo conseguiu prever chuvas extremas e enchentes.


O estudo foi publicado na revista Nature Communications. Segundo os pesquisadores, o método deve ser fundamental na prevenção de desastres naturais, ele pode ser aplicado em outras regiões do mundo. “Os modelos atuais de previsão de tempo não conseguem capturar a intensidade dos eventos de precipitação mais extremos, mas estes são justamente os mais perigosos e que podem ter impactos mais severos para a população local, por exemplo, em termos de inundações e deslizamentos de terra”, disse o autor principal do estudo, Niklas Boers, do Instituto de Pesquisas em Impactos Climáticos de Potsdam (PIK).

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Já o professor do Instituto de Física da USP, Henrique Barbosa, também autor da pesquisa, sinaliza que depois de permitir a previsão de eventos extremos nos Andes centrais, o novo método permitirá pela primeira vez a construção de um sistema de alerta robusto para eventos extremos. “A técnica é baseada em comparações matemáticas que podem ser aplicadas a qualquer série temporal. Por isso o método pode ser aplicado a eventos extremos em outros sistemas”, disse. Segundo ele, o novo método surgiu a partir de estudos que o grupo estava realizando sobre o papel da floresta Amazônica nas chuvas sobre a América do Sul.


A equipe de cientistas analisou em torno de 50 mil séries temporais de dados meteorológicos em alta resolução, referentes aos últimos 15 anos, quando dados de satélite de alta qualidade, disponibilizados pela NASA e pela Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa, tornaram-se disponíveis. O novo método permitirá prever corretamente 90% dos eventos extremos de precipitação na região em anos de El Niño, quando as enchentes são mais frequentes, e mais de 60% dos eventos extremos nos outros anos.


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