O diretor da Cooperativa de Serviços Gerais (Coopserge), José Roberto de Araújo fez um alerta, que dois mil cooperados podem perder seus postos de trabalho no Acre. O motivo seria uma fiscalização do Ministério do Trabalho que aplicou 16 autos de infração à cooperativa com base na Consolidação das Leis do Trabalho.
Segundo Araújo, os fiscais estariam tratando Coopserge como um empresa comum, deixando de observar que ela é regida pela lei federal no 1.260/2012 – que regulamenta as cooperativas de trabalho no Brasil. A lei estadual no 1.598/2004 e a lei municipal 1.916/2012 – também garantem a atividade.
“Os fiscais pediram os documentos que foram prontamente apresentados, mas segundo eles, a Coopserge não pratica o cooperativismo, mesmo que a documentação ateste seu funcionamento há mais de 14 anos. Mais de duas mil pessoas poderão perder sua fonte de renda se este absurdo persistir”, diz Araújo.
O diretor da Coopserge destaca que muitos trabalhadores estariam apavorados com a possibilidade de fechamento da cooperativa. “Se a Justiça do trabalho acatar os autos de infração, poderá inviabilizar totalmente nossas atividades em todo o Estado. Será um caos que atingirá mais de oito mil pessoas”, enfatiza.
José Roberto informa que o advogado da cooperativa recorreu dos autos de infração dentro do prazo, mas os cooperados temem por uma decisão desfavorável. A Coopserge é contratada para fazer merenda escolar e limpeza em escolas públicas em vários municípios do Acre.
Os representantes da cooperativa informaram que vão procurar ajuda dos deputados na Assembleia Legislativa, para que eles intercedam na questão. Os cooperados pleiteiam que as leis que amparam o funcionamento da Coopserge sejam reconhecidas pelos fiscais do Ministério do Trabalho.
