Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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A classe médica do Acre aderiu ao Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, nesta quinta-feira. O alerta é um protesto contra os abusos praticados pelas operadoras de planos de saúde na relação com médicos e pacientes.
No Acre, durante 24 horas, os médicos pararam atendimentos como consultas e outros procedimentos. Os casos de urgência e emergência não serão afetados, garantiu durante entrevista o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre, José Ribamar.
Segundo José Ribamar, é o quarto manifesto em três anos.
De acordo com o sindicalista as operadoras estão comprometendo a qualidade da assistência em saúde oferecida aos 70 mil usuários dos planos de saúde no Acre “por causa de uma interferência antiética no trabalho médico”.
“Há uma interferência antiética dos planos de saúde. Os planos de saúde tentam limitar os exames complementares que são solicitados pelos médicos, e isso pode trazer um prejuízo pro paciente e um prejuízo para o médico na solução do diagnóstico. Isso é uma interferência que não deveria existir, porque o médico é um profissional qualificado que vai para o trabalho depois de no mínimo nove anos de estudo. Então um profissional que ficou nove anos se preparando para o mercado de trabalho recebe de um plano de saúde uma interferência desse tipo é prejudicado. Hoje os médicos são limitados nos dias de internação do paciente, limitado na solicitação dos exames. E isso prejudica o trabalho dele”, informa o presidente do Sindicato dos Médicos
Além disso, a classe pede o reajuste adequado dos valores das consultas e procedimentos, com base nos cálculos científicos sobre as propostas de cláusulas obrigatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde, apresentadas pelos médicos em abril do ano passado.
No Acre 20 planos de saúde estão suspensos hoje, entre eles os das operadoras conhecidas, como Unimed e Ameron.
