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Operação Delivery: Adriano será ouvido nesta terça na CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


Está confirmado para as 14 horas desta terça-feira (9), na sede da Policia Federal, em Brasília, o depoimento de Adriano Nascimento Macedo Filho, um dos principais acusados de participar da Operação Delivery no Acre. A oitiva foi convocada pela Comissão de Inquérito destinada a investigar o tráfico de pessoas no Brasil depois de informações de que Adriano teria sido obrigado a negar o depoimento bombástico dado a CPI do Tráfico de Pessoas, no dia 28 de fevereiro.

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Segundo a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), que é membro da CPI do Tráfico de Pessoas e vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos no Congresso Nacional, a CPI quer saber se são verdadeiras as informações de que Adriano após depor dia 28 de fevereiro na Assembleia Legislativa do Acre foi levado no mesmo dia para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo delito e prestar depoimento negando tudo que falou aos deputados. Ainda segundo a deputada, Adriano estava durante esse novo depoimento, sem a companhia de nenhum advogado e nenhum defensor.


PARA ENTENDER O CASO:


Adriano Nascimento Macedo Filho foi preso junto com outras seis pessoas: Jardel de Lima Nogueira, 33, Francinei de Oliveira Contreira, 35, Greice Maria Vasconcelos de Almeida, 31, Adriano Macedo Nascimento Filho, 18, Maria José Souza da Silva, 42, e Thiago Celso Andrade, todos acusados de participarem de uma rede de agenciadores da prostituição infantil no Acre.


Para a Policia Civil, a prisão dos agenciadores possibilitou que as investigações chegassem aos “clientes” da organização, por meio de depoimentos das menores e de alguns dos acusados presos.


Adriano foi convocado para depor na CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil que esteve no Acre para debater sobre os casos de exploração sexual de menores, tráfico internacional de pessoas e a crise entre brasileiros e bolivianos.


Na Assembleia Legislativa do Acre, dia 28 de fevereiro, Adriano Filho disse que por conta das acusações imputadas a ele, de integrar a quadrilha de aliciadores de menores e adolescentes para pratica sexuais, foi estuprado por vários presos no Complexo Prisional do Estado.


O caso gerou protesto por parte dos deputados e causou indignação dos membros da CPI que solicitaram que o diretor do sistema prisional do Estado se pronuncie a respeito da denúncia.


Adriano teve habeas corpus negado pela Justiça Acreana. Ele é defendido pelo defensor público Waldir Perazzo. O único voto favorável que Adriano recebeu no julgamento do pedido de relaxamento de prisão foi do desembargador Francisco Djalma.


Perazzo diz que não existe justa causa para a prisão preventiva de Adriano


A reportagem conversou na noite desta segunda-feira (8) por telefone com o defensor público Waldir Perazzo. Ele confirmou que impetrou um habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendendo que a criação da Vara da Infância foi inconstitucional, além disso, “ela só poderia julgar menores infratores, portanto, incompetência do juízo”, acrescentou.


Ainda de acordo o defensor que acompanha o caso de Adriano, o mesmo não cometeu crime algum. A acusação de favorecer a prostituição não se sustenta na opinião de Waldir Perazzo. Para ele, a vulnerabilidade de uma menor de 18 anos e maior de 14 “é relativa, depende de provas”.


Seguindo sua justificativa, o defensor esclareceu que no caso da irmã dele “ela já estava casada, emancipou-se, não sendo vulnerável. A outra, menor com idade de 16 anos, o que existe de prova é um telefonema, a prostituição depende de habitualidade. Não há justa causa para o processo contra Adriano”, concluiu o defensor.


EM BRASILIA

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Um defensor público da Defensoria de Brasília vai acompanhar o preso acreano em seu depoimento na manhã de hoje, na sede da Polícia Federal.


 


 


 


 


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