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Trabalhadores rurais de Mâncio Lima se mobilizam para recuperar ramal

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


Mesmo com o anuncio de incentivos e a entrega de equipamentos pelo Governo do Acre para que as prefeituras possam fazer a recuperação de estradas, os pequenos produtores continuam enfrentando sérias dificuldades para escoar a produção pela falta de recuperação dos ramais que dão acesso às pequenas propriedades rurais no interior do Estado.

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drama1Diante da inércia da prefeitura de Mâncio Lima, os produtores do ramal do Feijão Insosso decidiram arregaçar as mangas e fazer por conta própria, a recuperação da via que atende a 50 propriedades rurais da localidade. Os buracos e atoleiros aumentam a cada chuva, causando prejuízos incalculáveis aos pecuaristas e pequenos agricultores.


Segundo relatos de trabalhadores rurais, há mais de um ano o ramal não recebe qualquer tipo de intervenção.  “No ano passado, o Governo do Acre assinou um convênio de R$ 280 mil, com a prefeitura de Mâncio Lima, para recuperar os ramais. Apesar de o dinheiro ter sido utilizado o serviço não atendeu ao ramal Feijão Insosso”, diz o agricultor Adriano Santos.


Os produtores que estão assentados na localidade denunciam que os equipamentos da prefeitura, como caminhões, tratores, moto niveladoras estão na garagem quebrados pela falta de manutenção. “As máquinas da prefeitura estão paradas, quando vamos sair de casa é preciso levar pá e um enxadão enfrentar os atoleiros”, enfatiza Santos.


A aposentada Maria da Conceição, 58, que reside há 12 anos no ramal do Feijão Insosso, diz que é preciso rezar quando chega o inverno. “Neste período do ano estamos praticamente isolados; o ramal tem muitos atoleiros e não tem transporte para levar os nossos produtos até a cidade. É preciso reza e muita fé para permanecer neste local”, destaca.


Cansados de esperar pela iniciativa da prefeitura de Mâncio Lima, um grupo de cinco pecuaristas procurou o Deracre e apresentou uma proposta para solucionar a questão. O órgão estadual entraria com uma moto-niveladora, pá carregadeira e caçambas para recuperar 15 quilômetros de ramal e os produtores pagariam o óleo diesel.


Um dos idealizadores da ação, Renilson Pinheiro, diz que “não dava mais para esperar pela boa vontade do poder público. Estava difícil andar até de veículo traçada. Quem sofre com tudo isso é o pequeno produtor rural, que não tem condições de pagar transporte e recorre ao carro de boi para não ter prejuízo total no que produz”.


O produtor diz ainda, que sonhava em investir em pecuária de leite, mas está desmotivado pela falta de assistência do poder público. “Estou pensando em vender meu gado. Iniciei uma conversa com um comprador, estou pensando sinceramente em dar um tempo até que a prefeitura consiga ao menos recuperar o ramal que garanta o acesso de inverno a verão”, finaliza.


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