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Policia e fiscais da prefeitura de Rio Branco derrubam casebres em invasão na BR-364

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Texto e fotos – Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


O clima é tenso no ramal do Loteamento Vila Maria, na BR -364, próximo a Vila Custódio Freire, entre policiais, fiscais da prefeitura e 34 famílias sem teto que invadiram há três meses uma área de terra no local.

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A tensão aumentou depois que os policiais e fiscais demoliram vários casebres, nestas quinta e quarta-feira.


A invasão fica às margens do igarapé São Francisco, numa região alagadiça, onde estão duas áreas de proteção ambiental: a APA – Área de Proteção Ambiental Irineu Serra e a APP – Área de Proteção Permanente São Francisco.


Mas há ainda possibilidade de que parte das terras seja uma herança deixada por Ormar Sabino aos filhos. Parte dessa área virou um loteamento.


Dentro da invasão, a presença de policiais militares impõe medo. “Não somos marginais. Estamos aqui há três meses na busca de uma terra. A polícia está aqui colocando medo na gente. Até parece que somos maus elementos, não somos, não. Somos só pessoas que não tem a oportunidade de ter uma casa, que não tem condições financeira de construir uma casa”, diz a invasora Maria da Glória.



Outra invasora, a auxiliar de limpeza Maria Lucilene de Araújo narra que os policiais e fiscais agem com truculência contra as famílias


“A gente já estava com a casa toda pronta. Tava só esperando chegar à noite que era pra trazer a coisas pra gente se mudar. Quando foi ontem eles chegaram e saíram derrubando tudo, porque não tinha ninguém. Eu estava no trabalho, aí me ligaram, quando eu cheguei aqui já estavam destelhando a casa todinha, e derrubando as paredes”, diz Maria Lucilene, que tem dois filhos e está na invasão há três meses.


Os fiscais confirmaram exatamente, a informação da invasora. “Quando não tem pessoas dentro a gente vem e derruba, mas se tiver pessoas a gente notifica, faz um cadastro da família e a assistência social vem e vê o que pode ser feito para colocá-las em outro local. A gente não pode demolir enquanto tem gente dentro de casa”, disse um dos fiscais à reportagem.


Na manhã desta quinta-feira, 10, uma comissão formada de cinco sem-teto esteve no Ministério Público Estadual para pedir apoio em favor do grupo. O caso deve ser encaminhado à justiça.


 


 


 


 


 


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