Ray Melo,
da redação de ac24horas
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O Partido Republicano Brasileiro (PRB) não faz mais parte da Frente Popular do Acre (FPA). O martelo foi batido pelo ministro da Pesca, do governo Dilma Rousseff (PT), senador Marcelo Crivella, que colocou a legenda a disposição da deputada federal Antônia Lúcia (PSC), que tem a intenção de lançar uma candidatura evangélica à prefeitura de Rio Branco.
O bloco de partidos da missionária Antônia Lúcia, composto por PSC, PTC e PRTB contará também com o PRB. A deputada informou ainda, que um quinto partido poderá integrar seu bloco de apoio até o final de junho. De acordo com informações de pessoas próximas a parlamentar, a legenda seria o Partido Ecológico Nacional (PEN).
As negociações estariam em estado avançado e poderá colocar Antônia Lúcia, como uma das maiores forças políticas do Estado. O anuncio oficial do novo bloco de partidos será feito na tarde desta sexta-feira, 15, na sede do PSC. Durante toda semana, o presidente do PRB, pastor Manoel Marcos negou que o partido pudesse sair da FPA.
O secretário geral do PRB, Diego Rodrigues chegou a afirmar que não existiria a possibilidade de uma intervenção da executiva nacional, na regional do Acre. “Nosso partido não estará a serviço da deputada Antônia Lúcia. Por vezes ela tentou tomar o PRB, mas não existe nenhum acordo. Não fomos comunicados sobre esta questão”, disse Diego Rodrigues.
A deputada Antônia Lúcia disse que não se trata de revanchismo político, mas de uma conjuntura nacional que se desenha para fazer o partido crescer em nível estadual. “O PRB estará saindo da sombra de uma coligação e trilhará caminhos de crescimento. O interesse da executiva nacional é fortalecer o partido em todo o Estado”, justifica a parlamentar.
Questionada sobre sua saída do bloco de apoio do pré-candidato Tião Bocalom (PSDB), a missionária/deputada não poupou criticas ao antigo aliado. “O Bocalom virou as costas para o nome consagrado na convenção de 10 denominações religiosas diferentes. A professora Iolanda Camolez foi o nome apresentado, mas ele recusou”, enfatiza Antônia Lúcia.
Demonstrando ressentimento, a deputada federal disparou: “ele [Tião Bocalom] deu um tiro no pé. Pensou que me levaria pelo beiço, não abriu a indicação para chapa majoritária em nenhum município para o PSC, nem como vice, em lugar algum, achando que eu estava cassada, morta e os evangélicos sem representatividade”.
A deputada não descartou a possibilidade de voltar a apoiar Bocalom em um possível segundo turno. “Se a decisão das eleições em Rio Branco ficar para um segundo turno, poderemos voltar à mesa de negociações, mas a determinação de momento é que os religiosos tenham uma candidatura. No segundo turno, tudo será mais legítimo até para Bocalom”.
Segundo Antônia Lúcia, o momento é de edificar a candidatura do meio evangélico. Quatro nomes estariam sendo estudados pela deputada, que falará depois da organização do novo partido de seu bloco. “O apoio do PRB foi um presente de Deus. Nossa preocupação no momento é organizar o bloco, mas temos quatro nomes de possíveis candidatos, em análise. Tudo vai ser definido no tempo certo”, finaliza.
