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Governo do Acre se defende de acusações da revista ISTOÉ mostrando foto do Major Rocha assinando acordo na Floresta do Antimary

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A assessoria de comunicação do governador Tião Viana (PT), enviou nota para as redações dos jornais no fim da tarde desta segunda-feira, 17, para se defender das acusações de irregularidades apresentadas em matéria da revista ISTOÉ, que circula esta semana em nível nacional.


No material assinado pela assessoria do governador  Tião Viana, o deputado Major Rocha (PSDB), autor das denuncias de supostas irregularidade no projeto de manejo florestal, praticado pela Laminados Triunfo é usado como defesa, afirmando que o deputado tucano teria aprovado e assinado como testemunha, o acordo na Floresta do Antimary.

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Segundo o material oficial do Governo do Estado, o deputado Major Rocha, em assembléia para celebrar contrato, realizada pelo Governo do Estado, “participou e assinou como testemunha”. O material com a foto de Major Rocha foi encaminhado por volta de 20 horas para a redação de ac24horas, pela assessora Andréa Zílio.


Abaixo, a íntegra do comunicado:


Rocha aprovou acordo na Floresta do Antimary
O deputado estadual Wherles Rocha (PSDB) foi uma das testemunhas do contrato de aquisição de madeira pela empresa Laminados Triunfo na Floresta Estadual do Antimary. O parlamentar tucano participou ativamente da Assembléia-Geral com os moradores e não fez qualquer questionamento.


O contrato foi celebrado em agosto deste ano, durante reunião que contou com a presença de 49 das 53 famílias assentadas na Floresta Estadual.


“Acho muito estranho o posicionamento do deputado. Afinal, ele não fez questionamento durante a assembléia. Inclusive, assinou como testemunha”, comenta o secretário de Estado de Floresta (SEF) João Paulo Mastrângelo.


Segundo Mastrângelo, os preços praticados no âmbito do contrato são coerentes com os valores dos editais de concessão florestal expedidos pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).


“Podemos citar como exemplo o edital da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, que teve seu contrato celebrado com os concessionários estabelecendo o valor médio de R$ 34,50 pelo metro cúbico da madeira em pé”.


Para o secretário, o deputado tenta desviar a atenção para fatos mais graves envolvendo, inclusive, um aliado seu. “Não temos medo de fazer o debate limpo e ético. Não iremos ficar calados diante de quem utiliza mecanismos escusos para tentar enganar os menos avisados”. [assessoria do governo do Acre]



Fugindo o debate
A reportagem de ac24horas procurou Major Rocha, para saber qual seria seu posicionamento em relação a sua suposta aprovação ao projeto de manejo na Floresta do Antimary. Rocha foi taxativo: “O governo está tentando fugir do debate sobre os verdadeiros motivos das contestações”, disse o tucano.

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De acordo com Rocha, quando esteve no evento, ainda estava se inteirando de como funcionava o projeto de manejo. O deputado diz ainda, que não é parte integrante do contrato, que o documento diz respeitos aos moradores da área, a Laminados Triunfo e o governo do Estado.


“Naquele momento buscava informações sobre o projeto. Só quando tive acesso ao contrato foi que vi o quanto este projeto seria prejudicial à comunidade do Antimary. Quanto a denúncia, ela foi feita pelos moradores que não se recusam em reafirmar as irregularidades que acontecem no Antimary”, disse Rocha


O deputado afirmou que todos os jornais que publicarem a nota do governo do estado, ele vai pedir direito de resposta para mostrar a verdade sobre o projeto. “Quem vai decidir se existe ou não irregularidades é o Ministério Público. Só posso afirmar que as provas das irregularidades estão lá, no projeto Antimary”, finaliza.


Olhando por esta ótica, o governo do Acre devolve a bomba ao colo do deputado tucano, deixando claro que “se houver irregularidades no projeto de manejo do Antimary, Rocha também é culpado”.


Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com


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