A edição do Boa Conversa desta sexta-feira, 14, trouxe um dos programas mais quentes do ano, debatendo desde crises internas no governo estadual até articulações que movimentam o tabuleiro político rumo às eleições de 2026. Os comentários são dos jornalistas Crica e Astério Moreira com apresentação do Marcos Venicios.
Entre os principais temas, esteve a participação do prefeito de Feijó na filiação do senador Alan Rick e a exoneração de seu marido, Willian Barbosa Bezerra, de um cargo vinculado ao governo estadual, episódio que desencadeou acusações de “perseguição política”. O caso ganhou novas camadas após o pastor Agostinho, da Igreja Batista do Bosque, declarar apoio a Alan Rick e ter o filho desligado de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Segov.
“O marido do prefeito de Feijó ocupava um cargo de confiança e cargo de confiança já diz: confiança. No momento em que você deixa de ser confiável a quem nomeou, você demite, não se trata de perseguição. Eu desafio um deputado, um vereador, um senador e um prefeito que tenha em seus quadros adversários que vão trabalhar contra ele. O cargo é de confiança, ninguém dorme com inimigo. Bonito que fez o Nazaré que era diretor da Segov que entregou o cargo para apoiar o Alan Rick. O filho do pastor Agostinho e no momento que ele declara apoio, o filho dele tem que sair, não é perseguição e o pastor tinha me dito que não entraria mais na política e veio entrar agora na pré-candidatura do Alan”, afirmou Crica.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
“Eu concordo com o Crica. Não é perseguição política, eu desafio o Railson ou qualquer prefeito com um vereador da base que resolva apoiar a Mailza, ele tira todos os cargos, isso não existe, não é perseguição. Todo mundo tem direito de se posicionar politicamente e a posição do Agostinho é dele, mas não é da igreja. Os candidatos do Railson ao Senado são Petecão e Marcio Bittar. O Gerlen me disse que até o momento só o Petecão”, pontuou Astério Moreira.
O secretário de Governo, Luiz Calixto, rebateu as críticas e afirmou que não houve perseguição, chegando a declarar que “Alan Rick controlava 300 cargos no governo”. Já o líder do governo na Aleac, Manoel Moraes (PP) teria expressado discordância sobre a exoneração do marido do prefeito Railson Correia (Republicanos). “Eu não tenho como avaliar se o Alan tinha, mas que tinha cargos tinha, a família do Alan tava toda no Governo. Agora, se teria 300, não tenho como avaliar”, afirmou Crica.
Ainda no campo político, a coluna do Crica abordou diversos assuntos de bastidores: os planos do MDB de firmar aliança com Mailza, a análise de que a disputa ao Senado é tudo ou nada para Jorge Viana, a cautela de Petecão antes de definir seu apoio ao governo, e a confirmação da candidatura de Thor Dantas pela esquerda.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
“O Vagner me disse que ia fazer as duas reuniões e depois percorreria os diretórios, mas que a tendência natural seria apoiar a Mailza. Esses três vereadores não tem poder, eles perdem o mandato por infidelidade partidária, é um vereador saindo do partido e o partido entrando na justiça. Só que uma tese do MDB defende que o Marcus seja vice já que Rio Branco é maior que Cruzeiro do Sul”, destacou Crica
“Tem uma pessoa que é membro da Executiva do MDB que me disse que se os cabeças brancas, os três vereadores do MDB vão com o Alan. O MDB tem a perspectiva de Jessica de vice e o partido do poder em 2030, já que a Mailza não teria como disputar mais uma eleição”, pontuou Astério Moreira.
“O Jorge acredita que pode levar os 30% da aprovação do Lula junto com ele para vencer essa disputa. Já o Petecão acha que tudo se resolve depois do julgamento do Gladson, ele conversou com a Mailza e ela disse pra ele: deixe eu assumir. Ele está aguardando a posição da Mailza e essa é a tendência dele”, destacou Crica.
“O Petecão me disse que ficou chateado com o Alan por ele ter tentado tomar o PSD por cima e o Bocalom, ele me disse que a experiência não foi boa e ele falou que a Mailza é amiga dele. Em 2018, ele estava morto, o Jorge Viana ganhava e foi impressionante que ele é como a fênix sempre ressurge das cinzas. O Gerlen, Railson, Sérgio e os prefeitos do Juruá, com exceção do Zequinha, estão com o Petecão”, pontuou Astério Moreira.
Na Câmara de Rio Branco, os vereadores rejeitaram o título de cidadão rio-branquense ao secretário Eracides Caetano, decisão que foi classificada pelo prefeito Tião Bocalom como “tremenda injustiça”. Há expectativa de que o vereador Antonio Moraes reapresente o projeto. O Legislativo municipal também derrubou seis vetos do prefeito à LDO, embora a maioria tenha sido mantida.
“Isso mostra que deveria ter tido uma conversa com a base, houve duas derrotas, uma para o Eracides e o Joabe Lira que apresentou a moção, que foi rejeitada. O próprio presidente da Casa mostrou que perdeu o comando da Casa, não consegue aprovar o título de cidadão. Houve um fracasso nessa história do Rennan Biths que deixou solto essa”, afirmou Crica.
A edição também abordou as discussões orçamentárias, com o vereador Joabe Lira defendendo que o orçamento da Câmara chegue a R$ 71 milhões.“Hoje os parlamentares da base querem só o bônus e não o ônus”, avaliou Astério Moreira.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
No cenário nacional, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, afirmou que Alan Rick e Mara Rocha podem receber mais recursos do fundo a depender do desempenho eleitoral. “A Mara tá bem nas pesquisas e é mais fácil eleger um senador aqui, só que os partidos esperam primeiro o resultado para depois jogar o dinheiro e isso será a grande diferença. O Alan e a Mara vão penar nessa questão de dinheiro”, avaliou Marcos Venicios.
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