A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) indeferiu o pedido de apelação criminal em favor dos réus Walisson Costa da Chagas, o “Pestana”, Jhon Detlives Montes Ribeiro, o “Porquinha”, e Gabriel Monteiro Moreira, o “Cara de Bebê”. Cada um deles foi condenado a 8 anos, 7 meses e 18 dias de prisão por assalto com cárcere privado. Com a decisão, o trio permanecerá recolhido no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
A defesa havia solicitado a absolvição dos acusados por falta de provas ou, alternativamente, a redução da pena, mas o pedido foi negado.
O crime ocorreu na noite de 12 de novembro de 2023, quando os três réus, acompanhados de outros dois cúmplices, que respondem a inquéritos separados, foram até uma residência localizada na Rua Barra do Sol, no bairro Cidade Nova, em Rio Branco. Segundo as investigações, a missão determinada pela facção criminosa da região era eliminar um casal condenado pelo “tribunal do crime”.
Antes de executar a ordem, o grupo sequestrou o marido e a mulher quando eles chegavam em casa e os levou para o interior do imóvel, que passou a ser saqueado. Durante a ação, Jhon Detlives se apossou de uma motocicleta. Aproveitando um momento de descuido dos criminosos, o casal conseguiu fugir do cativeiro e pediu ajuda a familiares e amigos. Todos os envolvidos, que eram conhecidos das vítimas, foram posteriormente identificados, denunciados e presos.
Os réus foram julgados e condenados pelo Juízo da Vara de Delitos de Roubos e Extorsões de Rio Branco à pena de 8 anos, 7 meses e 18 dias de reclusão. O advogado de defesa recorreu, pedindo a anulação da sentença ou a redução da pena, mas o recurso foi negado.
A desembargadora Denise Castelo Bonfim, relatora do processo, votou pelo não provimento do recurso, afirmando que as provas apresentadas nos autos “apontam claramente para a autoria e a materialidade do crime em desfavor dos réus”. O voto da magistrada foi acompanhado pelos demais membros da Câmara Criminal do TJAC.
Além dessa condenação, Jhon Detlives Montes Ribeiro, o “Porquinha”, foi julgado recentemente e sentenciado a mais de 32 anos de prisão por sequestro seguido de morte do operador de máquinas pesadas Elvisclei Farias Ribeiro.


















