Servidores da Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco (Seme) realizaram, na manhã desta terça-feira (27), uma manifestação em frente à Câmara Municipal. O ato teve como objetivo cobrar o apoio dos vereadores à paralisação deflagrada pela categoria, que atinge pelo menos 70 escolas da capital acreana.
A greve, por tempo indeterminado, foi decidida em assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). De acordo com o sindicato, a mobilização será intensificada nos próximos dias.
A principal reivindicação dos servidores é o reajuste salarial, que, segundo a presidente do Sinteac, Rosna Nascimento, vem sendo ignorado pela gestão municipal. “Esse é um reajuste que está sendo negociado há alguns meses, mas a prefeitura simplesmente não ouve. Os professores, os servidores da educação, merendeiras, mediadores, estão desde a semana passada mobilizados. Fizeram protesto em frente à prefeitura e, hoje, estão aqui na Câmara, legitimamente cobrando o seu reajuste”, declarou Rosna.

Foto: Jardy Lopes
Ela destacou que a categoria não está pedindo aumento, mas sim a reposição das perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos anos. “Eles não estão pedindo aumento, estão pedindo um reajuste, uma correção monetária dos valores que todos os anos ficam defasados. Agora, aqui na Câmara, estão me dizendo que o reajuste está básico, mas acredito que este seja o momento de a Câmara agir com responsabilidade. A base e a oposição precisam se unir para valorizar a categoria que cuida do futuro dos nossos filhos”, acrescentou.
Rosna também relatou problemas estruturais nas escolas da rede municipal, afirmando que a manutenção dos equipamentos básicos está sendo custeada com o esforço de professores e pais de alunos.

Foto: Jardy Lopes
“Na semana passada, visitei cinco escolas da rede municipal, e os desafios são muitos. A questão não é só o salário. A manutenção dos equipamentos — ar-condicionado, lâmpadas, geladeiras — está sendo feita com arrecadações feitas por meio de rifas e bingos. Isso é um reflexo do desmonte da educação que estamos assistindo nos últimos anos”, concluiu.
Até o momento, a Prefeitura de Rio Branco não se pronunciou sobre a paralisação.