O juiz Gustavo Sirena, da Vara de Delitos de Roubos e Extorsões de Rio Branco, condenou Emerson Alves da Silva (22) a 10 anos, 4 meses e 20 dias de prisão em regime fechado por roubo qualificado e cárcere privado. Ele foi apontado como líder de um grupo que invadiu a Casa Paroquial da Igreja Católica, na Vila Betel, para roubar dois veículos e sequestrar três religiosos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre e o inquérito da Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), o crime aconteceu na madrugada de 21 de março do ano passado. Armados, os criminosos invadiram o imóvel e renderam os padres Wesley Joseph e Mateus Santos, além do seminarista Edson Alves. Em seguida, fugiram com uma caminhonete S-10 e um carro de passeio, levando as vítimas como reféns.
Os sequestrados foram levados para uma área de mata no Ramal do SINTEAC, na Estrada da Floresta, onde foram mantidos sob vigilância armada. Enquanto isso, Emerson Alves tentou atravessar a fronteira com a caminhonete para vendê-la a traficantes na Bolívia. Ele acabou preso em flagrante por uma equipe do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), em uma barreira fixa.
Com a prisão do líder, os demais integrantes do grupo fugiram, permitindo que os reféns se soltassem das amarras e pedissem ajuda.
No dia seguinte à prisão, Emerson passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida. Em juízo, ele negou envolvimento no crime, mas o magistrado considerou que as provas confirmam tanto a materialidade quanto a autoria dos delitos.
