O novo momento do MDB no Acre foi o tema central da participação do ex-deputado federal João Correia, um dos tradicionais “Cabeças Brancas” do partido, no Pôdicast desta quarta-feira, 15, apresentado pelo marqueteiro David Sento-Sé, com hospedagem no ac24horas.
Fortalecido pela chegada do ex-prefeito de Rio Branco, Marcos Alexandre, pré-candidato da sigla à disputa pela prefeitura da capital nas eleições deste ano, o MDB foi, segundo Correia, fertilizado de “mamando a caducando” pelo ex-petista.
Em mais de uma hora de entrevista, ele falou sobre como a histórica agremiação política acreana vem se posicionando nas eleições estaduais e municipais das últimas três décadas no estado e o novo rumo a ser seguido.
“Nesse momento, nós estamos com essa responsabilidade de fazer com que o Marcos Alexandre se transforme na grande linha democrática que precisa ser reimplantada no nosso estado”, disse João Correia.
Segundo ele, o MDB foi o único partido que, “numa visão de centro-esquerda para centro-direita”, enfrentou a extinta Frente Popular do Acre (FPA) no período de 20 anos em que dominou a política acreana.
“Em 32 anos fora do estado e mais de 20 anos fora da prefeitura, nós sempre apoiamos os adversários da FPA – e esse contraponto custou caro ao MDB. Depois da vitória do Gladson para o governo, nós ficamos tentando encontrar o nosso caminho”, avaliou.
A respeito das muitas críticas feitas ao desembarque de Marcus Alexandre ao MDB e às provocações de que ele estaria fazendo do partido “barriga de aluguel”, Correia considerou uma grande falta de respeito com a história do partido.
“Chamar o MDB de barriga de aluguel é falta de respeito com a nossa história. Muitos desses que fazem essa crítica ao Marcos Alexandre e ao MDB foram gestados na Frente Popular, inclusive o governador [Gladson Cameli]. Difícil é a gente encontrar quem não veio do ventre da FPA”, rebateu.