A ONG acreana SOS Amazônia divulgou na última semana de agosto um balanço em que afirma ter promovido a recuperação de 80 hectares de áreas degradadas com o plantio de 141 mil árvores no modelo de agrofloresta, consorciando o plantio de espécies florestais, frutíferas e de palmeiras no Acre e outros Estados.
No decorrer de 2022, a atuação da SOS Amazônia envolveu diretamente 3.285 pessoas em comunidades ribeirinhas, projetos de assentamento, duas Terras Indígenas e quinze Unidades de Conservação do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia, contribuindo para a proteção de 5 milhões de hectares de floresta.
Foram realizadas mais de duas mil visitas de assistência técnica e extensão rural e florestal, com o objetivo de orientar as atividades de campo. A cadeia de valor da borracha, símbolo do extrativismo na Amazônia, teve destaque com a produção de 175 toneladas de borracha Cernambi Virgem Prensado.
A ONG diz ainda que a cadeia do cacau-silvestre enfrentou desafios relacionados à variação climática, com extremos de seca e chuva, que provocaram a não germinação dos frutos na estiagem severa e, com a cheia dos rios, a perda dos frutos que ficaram alagados, tendo em vista que o cacau da Amazônia ocorre nas regiões de várzea, à margem dos rios. Ainda assim, os produtores conseguiram beneficiar 400 quilos de amêndoas de cacau-silvestre. O incremento da produção extrativista gerou cerca de R$2,4 milhões em bioeconomia, contribuindo para a conservação da floresta e geração de renda.