Menu

Pesquisar
Close this search box.

No Bar do Vaz, Mazinho diz que descentralização da saúde e ferrovia podem tirar Acre do atraso

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, esteve nesta terça-feira, 4, no Programa Bar do Vaz, apresentado pelo jornalista Roberto Vaz e transmitido pelo ac24horas. Recentemente filiado ao Podemos, o gestor municipal destacou sobre a sua vontade política de ser candidato a governador do Acre em 2026. “Eu milito na política há muito tempo, conheço o Acre inteiro e principalmente eu gosto de povo. O político tem que gostar de povo e eu vejo nosso Acre com muita carência, com muita coisa para fazer. Em Brasília, eu conversei com a Renata Abreu, presidente do Podemos, relatei o meu desejo, já foi deputado estadual, ajudei a eleger meu vice como deputado, trabalhei para eleger a deputada Meire e agora coloquei com o meu nome com o objetivo que as pessoas me conheçam mais até 2026”, disse.


Ainda na entrevista, Serafim revelou os motivos que o fizeram desistir de ser candidato a deputado federal em 2022 para abrir mão da vaga para a sua esposa, a deputada federal Meire Serafim. Ele revelou que foi convencido pelo senador Márcio Bittar (União Brasil). “Estava tudo certo para que eu fosse candidato a deputado federal e eu tenho um grande amigo chamado Narciso Mendes, e ele disse uma coisa de que eu não conversasse com Márcio Bittar por mais de 10 minutos, pois se eu conversasse, ele muda um pouco o seu pensamento. Eu tava lá em Brasília, estava em conversa com o Baleia Rossi do MDB, ai o Marcio apareceu em Brasília comigo e aí começamos uma conversa. O Márcio me convenceu que eu não deveria deixar o mandato de prefeito e teria que lançar a minha esposa que era deputada estadual para federal e o meu vice para deputado estadual. Eu acabei escutando o Márcio e o projeto deu certo. Tem hora que fico feliz, tem hora que fico com raiva porque eu era para tá lá. Na época eu estava na oposição do governo Gladson e o Márcio me trouxe para base de apoio ao governo”, revelou.

Anúncios


O prefeito revelou também que o governador Gladson Cameli foi responsável pela decisão de não largar a prefeitura. “O Gladson me convidou para ajudá-lo no governo e tudo o que ele me prometeu, ele cumpriu. Eu não tenho nada para reclamar do governador. E não foi cargo e nem foi dinheiro. Tudo o que ele me prometeu foi beneficio para a minha cidade”, frisou.


Sobre o relacionamento com o senador Sérgio Peteção, a quem até pouco tempo era aliado próximo, Mazinho revelou que nunca perdeu amizade com o parlamentar e que decidiu não seguir no PSD apenas por estratégia. “Eu nunca deixei de ter essa grande amizade com o Petecão. Eu não me filiei no partido dele porque também poucas pessoas queriam se filiar ao PSD por entender que eu e a Meire era forte. Isso atrapalhava a montagem da chapa”, destacou.


O gestor revelou ainda que no último Censo Sena Madureira perdeu cerca de R$ 500 mil mensais do repasse Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e que por medida judicial conseguiu evitar o corte dessa verba. Ele cita que a deputada Meire Serafim trabalha para que cerca de 8 mil pessoas que vivem na região de Boca do Acre, mas que vivem de serviços de Sena possa escolher onde querem pertencer através de um plebiscito. “Sena Madureira deve passar por um plebiscito cuja população que mora na cidade de Boca do Acre no Amazonas poderá escolher em qual cidade pretende residir já que essa localidade específica mora mais de 8 mil pessoas que são atendidas pelo serviços públicos da cidade acreana. Sena perdeu mais de R$ 500 mil mensais de FPM e essa situação foi parar na justiça. Conseguimos bloquear o corte do repasse. Eu não tenho dúvida que os moradores querem ser do Acre”, enfatiza.


Sobre a inimizade vivida com o deputado federal Gerlen Diniz, Mazinho frisou que não existem empate em quantidade de votos, mas sim em mandatos. “Os meus candidatos tiveram mais votos que o do Gerlen. Estamos empatados na questão de mandatos. Eu queria que os políticos depois das eleições olhassem mais para o povo e para onde ele realmente teve voto. Infelizmente esse meu adversário não olha para o povo, não faz investimento no povo dele, leva muito pelo lado pessoal. Até um dia desse ele fez uma crítica, eu rebati a crítica pedindo que na crítica dele ele trouxesse emendas para Sena madureira. Ele diz que não vai colocar nenhum centavo para a Prefeitura de Sena”, criticou.


Serafim diz que ele e Gerlen não precisam se cumprimentar, mas que se o deputado fosse em seu gabinete, ele receberia, mesmo considerando que ele mentiu quando acusou sua família de ser envolvida com o tráfico de drogas. “Nós não se cumprimentamos. Acho que não precisa, mas se ele for no meu gabinete, eu recebo. Eu não sou dono da prefeitura até porque eu tenho só um ano meio como prefeito e isso passa. O maior problema que tive com ele foi ele dizer um dia antes do dia que enfartei na Assembleia que se quisessem saber da Familia Serafim, era uma família envolvida com o tráfico de drogas bastava acessar o YouTube. Isso me magoou muito, ele sabe a índole da minha família e principalmente da Meire na época era colega de parlamento dele. Ele sabe que isso era uma grande mentira”, enfatizou.


Mazinho defendeu que Sena Madureira está melhor do que antes. “A oposição faz o papel dela. Se você pintar a rua de ouro, a oposição vai dizer que não é outro 24 quilates. Nesse verão agora eu tenho 70 ruas para serem tijoladas. Nós temos trabalhado muito na questão social, na questão do esporte. O nosso intuito é trabalhar para que essas crianças e jovens não ingressem na vida de crimes”, destacou.


Ao finalizar a entrevista, Mazinho propôs a descentralização da saúde do Acre e a construção de uma ferrovia para tirar o Estado do atraso. “Descentralizar a saúde e deixar a cargo pequenas cirurgias nas mãos dos municípios, mas com o apoio do Estado, assim como ocorre no Amazonas e São Paulo. Não dá para qualquer problema que poderia ser resolvido no município, o cara ser enviado para Rio Branco”, disse.


Ele defende que a solução para o transporte do Acre é a criação de uma ferrovia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. “Não tem problema em ter uma ferrovia e uma estrada juntas. Há 80 anos existia que uma ferrovia em Rondônia quando macaco morria de malaria e nós com todo dinheiro e tecnologia não conseguimos fazer uma ferrovia por falta de vontade politica. Eu vejo Rondônia dando certo e que quero que esse desenvolvimento chegue aqui”, disse o prefeito.


ASSISTA AO BAR DO VAZ:


video
play-sharp-fill


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido