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Indígenas acusam segurança de impedi-los de assistir culto em Rio Branco; igreja nega

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Três indígenas da etnia Kaxarari alegam terem sido vítimas de racismo por um segurança ao tentarem entrar na Catedral da Igreja Batista do Bosque (IBB), localizada na Via Verde, em Rio Branco, nesse final de semana. Eles dizem que o segurança teria ameaçado e proferido palavras ofensivas enquanto eram expulsos do local onde, supostamente, gostariam de assistir ao culto.


O caso aconteceu no dia da Conferência Incendeia, quando as luzes são apagadas, inclusive a do estacionamento do templo. O representante da IBB, Gemil Júnior, nega as acusações e diz que foram alertados por seguranças que, devido à baixa luminosidade, havia pessoas transitando entre os veículos estacionados e colocando o rosto no vidro dos carros, possivelmente para visualizar o que tinha no interior do veículo.

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Os três indígenas relataram que saíram da faculdade e foram direto para o templo e que, como estava lotado, foram até ao estacionamento encontrar deixar seus veículos, quando, segundo eles, foram abordados por um segurança, insinuando que eles estivessem tentando abrir algum carro.


O representante da IBB informou que, ao ser abordado, o trio tentou adentrar a igreja pela lateral, sendo impedidos, uma vez que era dia de conferência e que o evento era pago, o que teria deixado os mesmos revoltados.


Os denunciantes relatam que o segurança proferiu palavras racistas e ofensivas e que ainda agrediu um deles com um soco nas costas. “Ele agiu com deboche, como se estivesse se divertindo, fazendo algo prazeroso. Foi constrangedor”, disse uma das vítimas.


Acompanhados de lideranças, eles foram até a Delegacia de Flagrantes, onde registraram o ocorrido e exigiram providências por crimes de ameaças e racismo. Para o líder indígena Celso Kaxarari, os estudantes foram vítimas de racismo e discriminação étnico-cultural.


O que diz a IBB

Procurado pelo ac24horas, o representante da igreja, Gemil Júnior, disse que estava presente no dia do ocorrido e que tiveram de acender as luzes, pois foram informados de que tinha pessoas andando entre os carros, rondando várias vezes ao redor dos veículos.


Ao serem abordados, o trio de denunciantes teria manifestado interesse em entrar na igreja pela lateral e sem pagar o valor do evento que acontecia no dia.
“Temos quatro testemunhas, pessoas que estavam lá fora e que viram tudo. Os seguranças não agrediram ninguém. Eles queriam entrar de qualquer jeito. Um deles ainda colocou o rosto em um carro”.


A igreja garante que nunca houve histórico de preconceito, racismo ou agressão e que irá aguardar o andamento do caso e à disposição para esclarecimentos.


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