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Delta e Data Control: a função dos institutos de pesquisa do Acre fora do nicho político

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Duas empresas acreanas carregam a responsabilidade de realizar estudos e pesquisas em diversos campos nos 22 municípios do Estado e também em outras cidades brasileiras. O Data Control Instituto de Pesquisa e a Delta Agência de Pesquisa têm uma longa trajetória de trabalho e prestação de serviço.


Ao contrário do que muitos imaginam, ambas as empresas fazem não só pesquisas eleitorais, mas de todo tipo, como de mercado, política social, econômica, de opinião pública eleitoral, avaliação de mandato, todos os segmentos que se interessam pelo trabalho.

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O Data Control Instituto de Pesquisa tem cerca de 26 anos de existências, já a Delta Agência de Pesquisa 15 anos de atuação. A primeira foi criada com viés mais político, voltada a atender esse tipo de público. A segunda tomou o mesmo caminho, com intuito de entrar no mercado de pesquisa eleitoral e comercial no Acre e estados vizinhos, como Amazonas e Rondônia.



José Denis Santos representa o Data Control e é formado em Ciências Políticas. Antes de criar a empresa, já fazia alguns trabalhos semelhantes ao que faz agora. Teve como incentivador para abrir o negócio um professor de sociologia da época de faculdade. “Como pesquisador em campo, já tinha feito trabalhos para ele. Eu sempre gostei da política, tanto que preferi a Ciências Políticas ao invés da Sociologia ou Antropologia”, comenta.


Desde quando era universitário pensou em criar a empresa vislumbrando a área política. “Tenho MBA em Pesquisa de Mercado na Fundação Getúlio Vargas para melhor qualificar nosso trabalho. A pesquisa de mercado é importante para se obter as informações, seja no âmbito que necessitar. Na pesquisa de mercado, o empreendedor sabe se o negócio dele está no caminho certo ou não”, diz José Denis.


O proprietário da Delta, Francimar Façanha de Almeida, afirma que as pesquisas são importantes na medida que conferem ao cidadão comum a oportunidade de ele saber como funcionam as pesquisas de opinião pública. “Dando mais credibilidade aos institutos de pesquisas que tem como foco o respeito ao entrevistado, traduzindo nos resultados exatamente o pensamento da população”, garante.


Há dois tipos de pesquisa: a qualitativa e a quantitativa. A primeira trabalha com grupos pequenos de entrevistados, já a segunda entrevista em maior quantidade, que é o tipo mais procurado. “Tudo que é ramo de negócio, se a pessoa tiver uma boa visão, pesquisa antes. Seja em qualquer ramo, comercial, segurança. Tenho clientes do ramo imobiliário que antes de fazer qualquer investimento, eles perguntam o que o cliente quer”, diz José Denis.


De acordo com Francimar, o valor de uma pesquisa depende de vários componentes: o tamanho do questionário, a quantidade de entrevistas, entre outras variáveis. “Se for no ano de eleição, precisa estar registrada do Tribunal Regional Eleitoral, obedecer às cotas de sexo, idade, instrução, renda, até de religião. Essas cotas são distribuídas proporcionalmente na cidade pesquisada”, esclarece.



Para uma pesquisa ser feita pelas empresas, ela tem sempre que responder três perguntas: o que? pra quê? e por que? “Se não responder essas questões, a pesquisa não serve para nada”, afirmam. Para a Data Control, a pesquisa é uma prestação de serviço e o cidadão tem que confiar no trabalho desenvolvido. “Às vezes o cliente quer fazer um estudo que não é o momento e eu digo que não vai dar certo, para ele não gastar dinheiro à toa. Não interessa para nós fazer uma pesquisa de qualquer jeito”.


Na Delta, por exemplo, alguns clientes já chegaram a ficar insatisfeitos com os resultados obtidos pelos entrevistadores. “O cliente, no geral, tem uma expectativa e sempre acha que está melhor. É difícil convencê-lo quando o resultado não é o esperado. Neste momento, pesa muito a credibilidade do instituto para obter a aceitação do cliente”, salienta Francimar.

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Qualquer pessoa pode contratar uma pesquisa. O representante da Data Control avisa que um tipo de serviço como esse pode custar de R$ 5 mil até 150 mil. O dono da Delta lamenta que no Estado do Acre, infelizmente, os empresários pouco usam a pesquisa de mercado. “E os administradores públicos pouco fazem pesquisas para avaliar o seu desempenho pessoal e o desempenho da equipe”.


Há pesquisas que podem ser coletadas e entregues no mesmo dia, como na modalidade Tracking, que surgiu nos Estados Unidos. Nela, se coleta informação todos os dias, dando informações quase que online, muito usada em período eleitoral.


Há ainda as pesquisas domiciliares, feitas na casa do entrevistado, e as de ponto de fluxo, em que as pessoas são abordadas num ponto movimentado da cidade. “Nas casas, entrevistamos em uma, pulamos 4 ou 5 casas e passamos a entrevistar do outro lado da rua. Não podemos fazer entrevista numa casa ao lado da outra, nem entrevistar mais de uma pessoa por residência”, explica José Denis.



Geralmente, os colaboradores desses institutos são terceirizados, que trabalham por tarefa que recebem. Ambas as empresas atuam com cerca de 15 a 20 colaboradores, com equipes em Rio Branco e outras cidades acreanas.


O período eleitoral é de fato o que mais requer esforços dos institutos, pois a demanda é infinitamente maior. A Data Control relembra uma pesquisa que a consagrou no mercado, nos anos 2000, numa eleição acirrada entre os candidatos Flaviano Melo e Raimundo Angelim. “Nosso número foi cravado, exatamente o que deu, só com uma diferença de 0,17 para ambos os candidatos”, conta José Denis. O mesmo já aconteceu com a Delta, quando realizou uma pesquisa em Araguaína, no Tocantins. “Acertamos na mosca”, diz Francimar.


Data Control e Delta não se veem como concorrentes, pelo contrário, como parcerias de trabalho. “Conversamos muito. Somos formados no mesmo segmento. Francimar é um amigo”.


José Denis se orgulha do trabalho desempenhado. “Temos uma credibilidade alta. Trabalhamos com seriedade. Não estamos preocupados em agradar o cliente, seja qual for. Continuamos sérios do mesmo jeito que começamos. Quando a pesquisa é bem feita, não tem erro”.


 


A série histórica feita pelos institutos em pesquisas eleitorais são fundamentais para que os candidatos avaliem seu desempenho e aprimorem o plano de trabalho. “Somos vigiados por todos, cada candidato acha que está na frente. Embora a recepção do entrevistador seja melhor na capital, o grau de desconfiança é maior. Felizmente, ao longo desses 15 anos, adquirimos uma certa credibilidade e isso facilita um pouco o trabalho”, finaliza Francimar.


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