Educação do Acre irá lançar novo edital de processo seletivo com 5 mil vagas

O secretário estadual de educação do Acre, Aberson Carvalho, participou do programa Bar do Vaz nesta quinta-feira, 16, onde apresentou novidades da área educacional do governo Gladson Cameli ainda para este ano.
Aberson responde pela secretaria desde o final do primeiro mandato de Gladson à frente do governo do Acre, em 2022. Apesar de ser uma pasta delicada, é de extrema necessidade para a população. Recentemente, divulgou uma nova conquista, que a entrega de tablets aos alunos da rede pública de ensino.
“A escola estadual começou a ser informatizada, num movimento pós-pandemia. Pensamos em fortalecer os anos finais [Ensino Médio] e adquirimos mais de 40 mil tablets”, disse o gestor.
Os aparelhos são doados aos alunos e poderão ser levados para casa. “Estamos tentando que a Aleac aprove uma lei para que possamos tirar os tablets do patrimônio do estado e doar aos alunos”, garante, ressaltando que desse 2021 o governo atua com o programa ‘Educação Conectada ‘.
Para a secretaria, o uso do tablet não serve somente para redes sociais, mas para garantir uma melhor qualidade no ensino. “O mundo hoje é tecnológico. Serve para que ele faça pesquisas e atividades da escola”, afirma Carvalho.
Com mais de 16 mil servidores e 140 mil alunos em todo o estado, a secretaria se ajusta novamente para fazer mais uma convocação de professores. “Em breve, até a próxima semana, um edital será lançado do novo processo seletivo para 5 mil pessoas. Já está tudo organizado”. Outro objetivo da Educação estadual é levar a escola de línguas para o sistema de ensino à distância, o EAD, para que pessoas do interior do Acre possam aprender o inglês, espanhol, francês ou italiano.
O secretário afirma que o ‘Prato Extra’ dado aos alunos das escolas estaduais é um projeto que deve transcender o governo. “Não tem como voltar para trás. Estamos avançando bem, mas enquanto gestor, sempre temos um olhar crítico de que podemos melhorar. Estamos no caminho certo. Agora é hora da qualidade, porque a infraestrutura está sendo dada”.
Assista a entrevista na íntegra:


Fotos: Jardy Lopes
O empresário Chiquinho Arara, dono do tradicional Araras Restaurante, localizado no bairro Quinze, no Segundo Distrito de Rio Branco, é uma das muitas pessoas da capital acreana que tiveram a vida diretamente afetada pela enchente de grandes proporções que atingiu a cidade neste ano.
Há 37 anos vivendo e trabalhando no local, ele afirma que esta é a terceira enchente que ele presencia no volume que apresentou em 2023. O empresário conta que os prejuízos são muitos e que não tem tido apoio ou mesmo a presença do poder público “para saber como as coisas estão”, segundo suas palavras.
“Nós estamos aqui numa situação muito difícil, com a alagação, um grande prejuízo. Final de semana fechado, talvez o próximo também, a água continua subindo e eu estou aqui sem apoio de ninguém, só os amigos mesmo, o poder público não aparece aqui nem para dar um bom dia para saber como é que tá”, reclamou.
De acordo com Chiquinho Arara, que trabalha com 21 pessoas no restaurante, em um fim de semana ele chega a faturar de R$ 20 mil a R$ 15 mil, um prejuízo que, segundo ele, torna difícil a situação para manter as despesas, alegando que após a alagação ninguém aparece para prestar apoio.
“Depois, fica difícil pra gente porque não chega ninguém aqui para dar um apoio. Você vai mexer no banco, pedir um empréstimo, é um juro lá em cima, você não consegue tirar dinheiro, não consegue nada, e o governo não chega aqui para dar um incentivo de nada. Aqui no Quinze é incrível como o pessoal esquece a gente”, ele diz.
Chiquinho afirmou também que a enchente nesta época do ano foi uma grande surpresa. Ele conta que apostava que após 15 de março não aconteceria uma enchente desse porte.
“Eu jurava que não ia ter mais alagação e Deus foi mostrar como ele tem muito poder para dizer como é que é. A prova está aí: alagou, mas nós estamos de cabeça erguida para se erguer”, concluiu.

Vários bairros em Rio Branco, sofrem com a enchente do Rio Acre. Com o aumento do nível das águas, mais locais começam a ser afetados, como é o caso da travessa 16 de Outubro, no Bairro Quinze.
De acordo com os moradores, cada vez mais pessoas estão sendo desabrigadas no local e iniciaram a retirada de seus bens materiais. Mesmo com a situação preocupante, foi pedido ajuda do poder público, mas até o momento não tiveram a solicitação atendida.
João Paulo, que possui uma residência na área, declara que ele e vizinhos estão sendo vítimas de comércios das proximidades, que aumentaram o preço dos materiais necessários para tentar salvar algumas móveis dentro das casas.
“A água está subindo aqui. Estamos retirando nossas coisas por conta própria. Muitas casas já alagaram. O pior é que as pessoas estão vendendo os produtos em preço elevado aqui para a gente”, declarou.
Além disso, o homem pede ajuda para conseguir retirar o restante de suas coisas da residência, porque não pode deixá-las, já que estão roubando os moradores que não ficam no local.
“Até agora não apareceu ninguém aqui para perguntar se estamos precisando de alguma coisa, de sacolão, caminhão ou algum lugar para ir. Enquanto isso estamos perdendo tudo, se virando sozinho e correndo perigo”, comentou.
As pessoas que ainda continuam nas moradias, afirmaram que vários objetos de um posto de saúde que fica no local, foram roubados. Com essa situação, pedem ajuda e apoio, principalmente com alimentação.

FOTO JARDY LOPES

O nível do Rio Acre segue em alta neste sábado, 01 e atingiu a marca de 17,61 metros na capital, segundo o boletim da Prefeitura de Rio Branco, das 18h.
São 2 centímetros a mais da última medição, informada às 15h, que estava em 17,59. A enchente já atingiu cerca de 56 mil pessoas, em mais de 40 bairros.
São cerca de 972 famílias e mais de 3 mil moradores somente na cidade, que estão desabrigados. O manancial passou da cota de transbordamento na quinta-feira, 23 de março.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, outras 1,3 mil famílias com 4,5 mil pessoas estão desalojadas e estão em casas de parentes ou amigos. Mais 27 comunidades rurais também foram atingidas pelas águas no município.

Um vídeo que circulou nas redes sociais neste sábado, 1 de abril, mostra um homem sendo imobilizado por policiais no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. O local está sendo usado para abrigar as pessoas que foram afetadas pela enchente na capital.
De acordo com populares, a ocorrência teria iniciado após uma briga de duas mulheres na fila para receber roupas de doação. O homem, não identificado, teria se envolvido para tranquilizar a situação, quando foi empurrado pelos agentes da PM e teria recebido um mata-leão.
Em nota, a Polícia Militar relata que o envolvido estava instigando tumulto na fila e que chegou a agredir uma das voluntárias com um soco no rosto. “Em seguida ele proferiu xingamentos (palavrão) aos policiais e ao receber voz de prisão disse que não seria preso. O acusado foi conduzido e entregue a Delegacia de Flagrante (Defla) para as devidas providências e foi liberado no mesmo dia”, declarou.
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