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Imigrante que se jogou de ponte na divisa com o Acre retorna ao Haiti

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O haitiano Jacquenor Bosquet, de 38 anos, embarcou na madrugada de ontem (5) para o Rio de Janeiro tendo como destino final o Haiti, seu país de origem. A ida ocorreu após quase dois anos do incidente que o deixou paraplégico. Em julho de 2021, segundo ele, foi obrigado a se jogar quando tentava atravessar a ponte de integração que liga a cidade de Iñapari, no Peru, a Assis Brasil, no Acre, e passou 10 dias esperando pelo resgate.


Com o auxílio do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Jacquenue foi resgatado e iniciou o tratamento no Pronto-Socorro do Acre. O primeiro diagnóstico era que Jacquenor não poderia voltar a andar. Considerado um “milagre” pelos médicos, após as sessões de fisioterapia voltou a se locomover com ajuda de muletas e andador.


Após encerrar o tratamento, o imigrante foi encaminhado ao abrigo da Prefeitura de Rio Branco e permaneceu nas dependências por aproximadamente um ano. Em seguida, foi recebido no abrigo estadual da Chácara Aliança, no bairro Irineu Serra, em Rio Branco. Após o fechamento do abrigo da Chácara Aliança foi acolhido no abrigo estadual Centro Dia.

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A Secretaria de Estado de Assistência Social, da Mulheres e dos Direitos Humanos (Seamd), iniciou as tratativas em 2021 para ajudar Jacquenor a retornar ao seu país. “Precisávamos estabilizar a situação de saúde dele e agora que está estável conseguimos que ele vá para o Rio de Janeiro organizar seus documentos para que retorne para o Haiti”, afirma a chefe do Departamento de Proteção e Defesa dos Diretos Humanos do estado, Maria da Luz França.


Jacquenor recebeu um café da manhã da equipe que o acolheu por nove meses. Ele não conteve as lágrimas. “Passei por uma situação muito complicada e difícil, preciso da minha família para me ajudar. Estou muito feliz e ansioso para encontrar minha família, tenho três filhos. Todos aqui me ajudaram muito”, disse.


Em homenagem ao tempo que Jacquenor ficou acolhido no abrigo, a sala da coordenação levará seu nome. “Estaremos acompanhando esse processo de retorno mesmo que a distância”, enfatizou o secretário da Seamd, Lauro Santos.


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