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MP Eleitoral levanta dúvidas sobre a identificação civil de Friale

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Figura polêmica do Acre há décadas, o “mago” Davi Friale, conhecido por suas previsões meteorológicas, ainda não teve a sua candidatura a deputado estadual pelo Partido da Mobilização Nacional, o PMN, deferida pela Justiça Eleitoral.


Friale passou, ainda no mês de agosto, a ser alvo de diligência do Ministério Público Eleitoral por conta de dúvidas levantadas sobre a sua identificação civil, que de acordo com o procurador regional eleitoral Fernando José Piazenski possui inconsistências.

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Segundo o MP, Friale apresentou documento de identificação expedido pela Polícia Civil do Acre em 29/03/2022, com nome civil de Davi Friale Assis de Melo, data de nascimento 20/07/1971 (contando, atualmente, com 51 anos), natural de Barreiros – PE.


Chamou atenção do MP o fato de a carteira de identidade ter sido expedida em março de 2022 como primeira via e ainda que o requerente foi inscrito no CPF em 04 agosto de 2022, incomum para uma pessoa de 51 anos.


Também foi identificado que o alistamento eleitoral de Friale foi realizado em 29/03/2022, conforme o Diário da Justiça Eletrônico – TRE/AC de 11 de maio de 2022. No dia seguinte, o requerente se filiou ao Partido da Mobilização Nacional.


Há divergência, também, em relação à naturalidade de Davi Friale, que teria nascido no município de Barreiros, no estado de Pernambuco, e sua certidão de nascimento ter sido expedida em cartório de Rio Branco, no Acre.


Na sua manifestação, o procurador eleitoral diz que em consulta aos sites de notícias do estado, há diversas menções sobre o nome de “David Fiala Cheremeta” como sendo o verdadeiro nome do requerente ao registro de candidatura. Já quando consultado como “Davi Friale Assis Melo”, existem apenas referências quanto à candidatura atual.


Em entrevista ao jornal ac24horas no ano de 2015, buscada pelo procurador eleitoral, “Davi Friale” conta sobre sua vida mencionando outro sobrenome: “[…] Davi Friale Setúbal, descende de portugueses. Ingressou na faculdade muito cedo, aos 14 anos. Na Universidade Federal de Campina Grande, no Estado da Paraíba, estudou durante quatro anos meteorologia, depois engenharia civil […]”.


Outro trecho diz: “Em 1988, empregado no Banco do Brasil no Recife, o meteorologista pede para ser transferido para o Acre. A presidência da instituição atende seu pedido e o envia para Xapuri, a terra de Chico Mendes. Na cidade, ele chega para gerenciar a única agência do banco.”


Diante da situação, Fernando Piazenski questiona como seria possível Friale ter alcançado o cargo de gerente no Banco do Brasil em 1988, já que, de acordo com seu registro de identidade, contaria com apenas 17 anos de idade àquela época.


No mais, o representante do MP afirma que o referido currículo é bem parecido com David Fiala Cheremeta, então gerente do Banco do Brasil em Xapuri no ano de 1992, condenado por desvio de recursos do Banco.


Diante de todos esses fatos, o Ministério Público Eleitoral manifesta-se pela conversão da manifestação em diligência (art. 36 da Resolução TSE nº 23.609/2019), com a intimação do partido político requerente, o PMN, para esclarecer a situação.


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