O IBGE divulgou na sexta-feira passada, 12 de novembro, o resultado das Contas Regionais dos Estados com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Por essa pesquisa, o PIB do Acre foi estimado em R$ 15,63 bilhões e, sua participação na economia brasileira, manteve-se em 0,2%.
“Na análise de variação em volume, atestou-se crescimento de 0,2%, entre 2018 e 2019, em que a queda dos setores agropecuária e indústria foi compensada pelo crescimento do setor de serviços, que representou mais de 80% da economia do Estado”, diz o Fórum de Desenvolvimento e Inovação Empresarial do Acre, que compilou os dados do IBGE.
Em 2019, o PIB do Brasil avançou 1,2%, com crescimento em 22 das 27 Unidades da Federação. Verificou-se queda em quatro Estados: Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%). Em Minas Gerais, o PIB ficou estável.
A região Norte foi a que menos cresceu (0,5%), mas dois dos seus cinco Estados tiveram as maiores taxas de crescimento do PIB, que foram Tocantins (5,2%) e Roraima (3,8%). O Centro-Oeste (2,1%) apresentou a maior variação. Entre seus quatro estados, só o PIB do Mato Grosso do Sul (-0,5%) teve variação abaixo da média nacional.
O Acre (0,2%), foi um dos 14 Estados em que o crescimento do PIB ficou abaixo da média nacional. As menores variações em volume foram do Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%), Mato Grosso do Sul (-0,5%) e Minas Gerais (0,0%). Para mais informações sobre o PIB do Acre e a economia local, acessar forumdoacre.org.br/observatorio.
Entre os três grupos de atividades econômicas, a Agropecuária apresentou a maior retração, com queda em volume de 12,7%. Além do recuo, o setor perdeu participação no valor adicionado bruto do estado, saindo de 8,9%, em 2018, para 7,5%, em 2019. Esse resultado foi influenciado, sobretudo, pela retração verificada na produção de Agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós-colheita, que registrou queda expressiva, de 40,5%, atrelada aos desempenhos da produção da mandioca, cultivo de grande relevância na agricultura do Estado, além do cultivo de cereais, com destaque à redução na produção do milho. Ainda em Agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós-colheita, ressalta-se que o cultivo de soja vem expandido sua produção ao longo da série, apesar de seu crescimento do volume de produção não ter sido suficiente para garantir uma variação positiva do valor adicionado bruto da
atividade, em 2019. Contribuiu ainda para o decréscimo da Agropecuária, a Produção florestal; pesca e aquicultura, com variação de -2,3%, enquanto a Pecuária, inclusive o apoio à Pecuária, cresceu 4,7%, decorrente da criação de bovinos, principal segmento da atividade.
A Indústria apresentou variação negativa em volume de 2,9%, entre 2018 e 2019 e representou 7,2% do valor adicionado bruto do Acre, em 2019. A queda na produção da Indústria foi influenciada pelo desempenho da atividade de Construção, que registrou variação em volume de -7,7%, seguido por Indústrias de transformação, cuja variação foi de -4,4%, que somados representaram 83,1% da atividade industrial do estado. Já Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação foi a única atividade da indústria a apresentar variação positiva, com crescimento de 9,0%.
Os Serviços apresentaram crescimento em volume de 1,4%, em 2019 e a participação deste grupo de atividades econômicas foi de 85,3%, no mesmo ano, o que representou um ganho relativo de 2,2 ponto percentual em relação a 2018, em que a participação foi de 83,1%. As atividades que mais contribuíram para o crescimento em volume dos Serviços foram: Comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas (4,8%); Atividades imobiliárias (5,0%); Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (8,8%) e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (1,3%). Em contrapartida, a atividade de Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que representou
40,7% da economia do Estado, apresentou queda em volume de 0,6%. Também apresentaram queda em volume as seguintes atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-2,3%) e Alojamento e alimentação ( -1,3%).