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Pecuarista denuncia excesso de burocracia e morte de cavalo no Acre

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O pecuarista  Henrique Cardoso está indignado com o prejuízo causado pelo o que considera excesso de burocracia nas barreiras fiscais e sanitárias localizadas no Posto da Tucandeira, localizado na BR-364.


De acordo com  o produtor rural, a conduta dos profissionais durante a fiscalização fez com que uma carga de animais que havia comprado em São Paulo ficasse parada por quase 4 horas debaixo do sol, o que segundo ele acabou provocando a morte de um cavalo da raça Mangalarga Marchador, comprado no valor de R$ 40 mil.

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Para que uma carga de animais como a adquirida por Henrique entre no Acre, é preciso passar pelo procedimento de fiscalização tributária. O motorista que trouxe a carga, Pedro Souza, conta como foi o procedimento de fiscalização sanitária, que é realizado em parceria por meio do IDAF e do IDARON, que é a Agência de Defesa Sanitária do estado de Rondônia.


“O tributário não é demorado, se tiver algum problema, eles geram uma multa para você pagar e vida que segue. Já na fiscalização sanitária são feitos dois procedimentos muito demorados. Hoje na Tucandeira, passei cerca de 4 horas parado com os animais no sol para que o Idaron desse baixa na carga e o Idaf fizesse o procedimento de entrada no Acre”, diz.


O responsável conta ainda que pela demora em resolver os trâmites chegou a  pedir para colocar os animais na sombra, em baixo da estrutura do posto de fiscalização, o que não foi permitido. “Eu ainda pedi para colocar os animais embaixo da tenda, não deixaram e os animais ficaram cerca de 4 horas sob o sol”, explica.


Como se não bastasse o tempo na Tucandeira, Pedro conta que foi obrigado a passar mais de duras horas no posto localizado na  BR-317, após o município de Senador Guiomard para que os mesmos procedimentos fossem realizados. “O que não dá pra entender é se lá na Tucandeira já haviam conferido, não precisa no outro posto passar pelo mesmo procedimento que já tinha sido feito. Para quem gosta de animal e vive disso é muito triste.  De Porto Velho para cá, como não tem mais a balsa, é uma viagem que é possível fazer em 10 horas sem correr, só que gastamos quase 17 por conta desses procedimentos. É triste, já que são animais que já vêm de uma viagem cansativa, do Paraná, São Paulo, Minas e que apesar do descanso que fazemos durante o trajeto estão desgastados pelo percurso”, afirma Pedro.


O motorista conta que o cavalo ainda chegou vivo, mas na hora do desembarque acabou morrendo. “É muito frustrante essa situação. Você trás um animal para entregar ao dono que comprou em um leilão um cavalo valioso e vem na expectativa de ver a alegria do dono. O financeiro é ruim, mas a pior parte dessa história é a frustração de não receber o animal”, diz Fábio.


O ac24horas procurou o governo. O presidente do Idaf, José Francisco Thum, disse por meio de uma nota que os procedimentos com os animais do criador foram realizados pelo Idaron. Afirmou ainda que segundo os responsáveis no posto da Tucandeira e do Trevo, os Guias de Transporte Animal (GTA) do criador estavam vencidos, assim não podiam entrar no Estado acreano.


Por este motivo, de acordo com a nota, houve um tempo para a revalidação dos GTA’s  na Tucandeira. Em relação ao posto do Trevo, em Senador Guiomard, o instituto afirma que o procedimento não durou mais do que 20 minutos. A nota finaliza eximindo o Idaf pela morte do animal.


VEJA O VÍDEO:

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