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Possível corte de R$ 700 mil anunciado por Gladson causa revolta em deputados na Aleac

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A sessão desta quinta-feira, 1, da Assembleia Legislativa do Acre foi marcada mais uma vez pelo polêmico jatinho contratado pelo Estado no valor global de quase R$ 5,2 milhões, cujo a hora de voo custará R$ 18 mil, e também da entrevista coletiva concedida pelo governador Gladson Cameli que afirmou que iria retirar R$ 700 mil que a Mesa Diretora da Aleac estava pleiteando suplementação devido às críticas dos parlamentares que estavam tratando o caso como “politicagem”.


Primeiro a subir na tribuna, o deputado Roberto Duarte (MDB) enfatizou que o governador não deixou claro para que serviria essa suplementação e deixou em xeque o poder judiciário. “Eu não quero criar uma crise institucional. A suplementação não é um favor, os poderes são independentes. Então quer dizer que se o se MP apresentar uma denúncia, uma investigação contra a atual gestão, o governo vai cortar a verba suplementar?”, questionou o deputado.

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Duarte afirmou que Gladson deve se retratar a Assembleia. “Em respeito não aos deputados, mas o poder legislativo, aos servidores da casa, Parece que o governador estava tentando fazer chantagem ou ameaça”, destacou.


Já o deputado, Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmou que Gladson conseguiu durante cerca de 10 minutos cometer um “erro político estratégico’. “Ele conseguiu espatifar o que o deputado Tchê tentou juntar com a base. Em menos de 10 minutos expulsou literalmente e de forma definitiva o deputado Roberto Duarte para a base do governo”, disse o comunista.


FOTO: SÉRGIO VALE

Magalhães afirmou que a pior parte da coletiva foi com relação a mesa diretora e citou indiretamente o presidente da casa, Nicolau Junior, que é cunhado do governador. “Ele desrespeitou você [Nicolau]. Ele botou sob suspeição os atos da mesa. Ao não esclarecer, não deixar claro a suplementação. Ele espatifou com o que Tchê juntou, expulsou Roberto da base deu um chute no estômago da Assembleia”, alfinetou o parlamentar destacando que a Suplementação do Tribunal de Justiça mensalmente é de R$ 3 milhões, do Ministério Público é de R$ 1,5 milhão e que a Assembleia tem a menor suplementação dos poderes.


O parlamentar da oposição solicitou que a Mesa Diretora encaminhe um ofício para a Casa Civil afirmando que a Casa Legislativa não quer um único centavo a mais do que está escrito na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO).


Outro que tocou no assunto, o deputado Jenilson Leite (PCdoB) classificou o episódio como a “crise do jatinho da discórdia”.


FOTO: SÉRGIO VALE

“Essa crise se agravou após as últimas declarações do governador. Fruto de uma baixa inteligência emocional para lidar com conflitos. O governador se comporta como o menino dono da bola, que quando alguém diz que ele não sabe jogar, ele quer levar a bola pra casa”, comparou o parlamentar.


As críticas não ficaram apenas com a atuação do bloco de oposição, a deputada Antônia Sales (MDB), afirmou que houve desrespeito do governo com a casa legislativa. “Eu sei o trabalho que é promovido pelo presidente Nicolau é sério. A suplementação é um direito. É constitucional”, destacou. Ela também pediu que o governador pedisse desculpa a Assembleia. “Governador, peça perdão. Vamos evitar uma crise. Nós somos seus amigos. Lutamos por uma mudança de poder. Não erre como os governos do passado”.


 


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