“Caros amigos, venho lhes comunicar o que está acontecendo na escola rural Beija Flor, localizada no Bairro Belo Jardim II”. Os dizeres são de Enilson Amorim, cartunista reconhecido no Acre por realizar diversos trabalhos relevantes, principalmente voltados a política- ao ilustrar as balsas para jornais impressos em época de eleição.
O relato de revolta, como escreveu o próprio cartunista, foi publicado em sua página do Facebook no dia último dia 30 de março. Segundo a publicação, sua esposa, Eliene Pereira, que é professora, havia sido lotada na escola rural Beija Flor. Porém, ao ser levada pelo esposo (Enilson Amorim) para se apresentar a direção da escola na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) (função pela qual ela foi aprovada em 11ºlugar), a diretora da instituição, segundo ele, junto da coordenadora administrativa, falou que estava esperando outra pessoa para compor a vaga, rejeitando sua esposa.
“Começaram a colocar para nós que o bairro (onde Eliene estava lotada) era extremamente violento, além de indagá-la se ela tinha experiência ou não”, destacou Enilson. No dia 30 de março, ele afirmou que recebeu uma ligação da Secretaria dizendo que a diretora e a coordenadora da escola Beija Flor gostariam de questionar sua esposa se ela não tinha outra escola para ser lotada, já que ambas gostariam que outra pessoa, que não fosse sua esposa, ficasse em seu lugar.
“A pergunta é a seguinte: Quem envia o professor para a escola é a Secretária de Educação? Ou é uns atrevidos Diretores e Coordenadores que querem “os deles”? Portanto meus amigos, acredito que tem algo de errado por lá”, desabafou em sua página.
Enilson declarou que devido pressões internas da escola e os “conchaves” da Secretaria de Educação, sua esposa afirmou que não ficaria na escola, já que segundo ela mesma, a maioria dos funcionários foram orientados pela direção da escola a recebe-la de maneira extremamente mau.
Governo desastroso
Ele ainda solicitou que a imprensa local divulgasse o caso. “Mais uma vez os “conchaves” venceram. No entanto caros colegas da imprensa, divulguem este absurdo, afinal de contas o concurso público serviu para quê?”, disse.
Enilson disse, ainda que iria procurar o Ministério Público. “Afinal de contas, chega de ficar calado assistindo o que estes charlatões estão fazendo neste desastroso governo. Amanhã, publicarei um texto falando sobre a minha pessoa Enilson Amorim, que também passei no concurso da Secretaria Estadual de Educação e até agora eu não fui chamado”, completou.
Reviravolta
No mesmo dia, Enilson publicou outra nota, agora, parabenizando a Secretaria de Estado da Educação Cultura e Esportes (SEE), que na pessoa do próprio Secretário, havia entrado em contato sua esposa, Eliene Pereira, e garantiu que tomaria as devidas providências no caso da direção da escola Beija Flor.
“Estaremos aguardando, afinal de contas já chega de professores serem oprimidos e acuados por diretores de escolas e ninguém denunciar o caso. Aos que me ajudaram na divulgação deste fato, meu muito obrigado”.
Nomeação
O cartunista Enilson Amorim pareceu no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 5, ao ser nomeado para exercer cargo em comissão na Secretaria de Estado de Comunicação (SECOM) com CEC-2.
