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Luminárias, monumentos e até os parquímetros da Zona Azul são destruídos por vândalos

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Rio Branco é uma cidade vandalizada. Uma rápida caminhada pelo Centro é possível ver, sentir e lamentar o resultado da atuação dos vândalos. A empresa que administra o estacionamento Zona Azul, desativou vários parquímetros, as máquinas de pagar o bilhete. Em uma delas chegou a colocar um aviso do porquê a máquina está inutilizada: “devido aos constantes atos de vandalismo este equipamento está desativado temporariamente”. A empresa pede que os usuários usem o aplicativo para pagar o uso da vaga de estacionamento nas ruas entre o Palácio Rio Branco e a Diocese de Rio Branco. Nesse caso, os vândalos estão atrás das moedinhas deixadas pelo usuários.


Os representantes do poder público não tem informações sobre a dimensão do problema mas dizem que não há dia que não ocorra ato de vandalismo -roubos de cabos de energia elétrica, luminárias, pichações e depredações já viraram rotina.

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Depois do roubo da estátua do filho Sandino, a estátua de Chico Mendes na Praça Povos da Floresta sofre com o vandalismo. Ela foi pichada e até agora ninguém falou em recuperar a pintura original. A estátua de Sandino foi roubada em julho do ano passado e recuperada logo em seguida mas ainda não foi devolvida ao seu local de origem.


Praças e equipamentos públicos também estão entre os alvos principais dos vândalos, que muitas vezes destroem apenas pelo prazer de destruir. Especialista em urbanismo dize que normalmente, o vandalismo está ligado ao abandono, mas também há casos em que o problema é a falta de conscientização -ou a questão é a disputa de organizações criminosas pelo espaço de comando, como acontece atualmente no Estado do Ceará.


De acordo com o El País, o substantivo “vandalismo” é de origem recente. Foi cunhado no final do século XVIII pelo abade francês Henri Grégoire, importante personagem da Revolução Francesa. “Vandalismo” evoca os vândalos, povo possivelmente oriundo da Escandinávia e estabelecido na Silésia (território hoje dividido entre a Polônia, Alemanha e República Tcheca), que, no início do século V, começou uma longa marcha, finda em meados do século seguinte. Em cerca de 150 anos, os vândalos, pressionados por outras tribos, se deslocaram até o norte da África, cruzando a França e a Espanha (onde, possivelmente, deixaram sua marca no nome da região de Andaluzia – Vandaluzia). Em 455, invadiram e saquearam Roma – antes, apenas um povo havia ousado penetrar na sede do cristianismo, os visigodos, em 410. Por conta desse episódio, para todo o sempre “vandalismo” tornou-se sinônimo de destruição de bens públicos ou privados.


Nada nem ninguém escapa: desde a campanha da deputada Mara Rocha, cujo comitê foi depredado em setembro, até o data center do Estado que, sem baterias, causou um apagão digital em Rio Branco. Longe do Centro, o busto em homenagem ao poeta peruano César Vallejo, uma das maiores expressões da literatura da América do Sul, está pichado na rotatória da Rua Peru, no bairro Habitasa.


Para completar a omissão dos entes federados – nem Estado, Município ou União se responsabilizam – a Estrada do Aeroporto continua completamente escura. Um convite a mais outro crime.


Fotos: Samuel Dias

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