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Solto na madrugada, Wesley Batista aguarda colocação de tornozeleira eletrônica

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O empresário Wesley Batista aguarda em casa os trâmites para a colocação da tornozeleira eletrônica, conforme determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, ele espera ser convocado para fazer o procedimento. “Talvez vá colocar hoje, depende da disponibilidade”, disse.


Ontem (20), a sexta turma do tribunal concedeu liberdade a Wesley e o irmão, Joesley, donos do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS. Ambos foram presos preventivamente em setembro do ano passado, por determinação da Justiça Federal em São Paulo.


Wesley deixou a carceragem da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista, pouco antes das 3h de hoje (21). Joesley continua preso em função de outro mandado de prisão, expedido no ano passado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A soltura de Wesley Batista foi decidida pelo STJ no caso em que os irmãos são acusados de usar informações obtidas por meio de seus acordos de delação premiada, para vender e comprar ações da JBS no mercado financeiro.


No caso que tramita no Supremo, a prisão por tempo indeterminado dos acusados foi requerida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, após a anulação da imunidade penal concedida por ele a Joesley e Ricardo Saud, ex-diretor do J&F. O procurador concluiu que eles omitiram informações à Procuradoria-Geral da República durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada.


A defesa dos irmãos Batista alega que o grupo JBS não obteve vantagens com a compra de dólares e venda de ações da companhia às vésperas da delação premiada de Joesley. Segundo os defensores dos irmãos Batista, a empresa manteve o padrão histórico nas operações do período.


Medidas cautelares


Além de determinar o monitoramento eletrônico, o STJ determinou uma série de medidas cautelares ao atender o pedido de habeas corpus em favor dos empresários. Eles devem comparecer à Justiça quando convocados e estão proibidos de deixar o país ou de participar de operações no mercado financeiro.


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