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Jorge Viana vê abuso de poder e arbitrariedade no afastamento de Aécio Neves

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O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar do mandato o presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (MG), e determinar o seu recolhimento noturno. Durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual faz parte, Viana defendeu que o Senado reaja à decisão do Supremo, que, segundo ele, não tem amparo constitucional. “Estamos vivendo períodos tão difíceis, estamos vendo tanta arbitrariedade e abuso de poder”, criticou o ex-vice-presidente do Senado.


Jorge Viana cobrou do presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), que paute o assunto no colegiado. Lobão informou que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), manifestou intenção de levar o caso ao conhecimento da CCJ antes de uma eventual análise pela Mesa Diretora ou pelo Plenário. Eunício ainda não foi notificado da decisão do STF.

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“Um poder da República deliberou sem amparo na Constituição um afastamento de um senador. Ninguém conhece essa figura sem ser por flagrante ou crime hediondo. A Comissão de Constituição e Justiça precisa pautar esse assunto: se estamos vivendo um Estado democrático de direito, se a Constituição está sendo respeitada”, reclamou o senador.


Viana defendeu que, por ter o poder de sabatinar os indicados a ministros dos tribunais superiores, a CCJ tem, na avaliação dele, a prerrogativa de ouvir essas mesmas autoridades sobre decisões polêmicas que afetam o Legislativo. “Precisamos definir se, quando há decisão que não estabelece a Constituição (afastamento de senador), é prerrogativa ou não da Comissão de Constituição e Justiça analisar o assunto”, declarou.


“Que medida o Senado vai adotar, em que momento, que encaminhamento a Justiça deve dar a essa matéria. Essa decisão mexeu com o país inteiro e deve ser objeto de conversa na CCJ e no plenário da Casa”, disse Viana. Em novembro de 2015, o senador foi um dos 13 senadores (nove deles do PT) que votaram pela soltura do ex-petista Delcídio do Amaral (MS), preso por determinação do Supremo por obstrução da Justiça.


A determinação do Supremo para que o senador tucano seja afastado do mandato e tenha de se recolher à noite em sua residência está nas mãos de um Senado cuja metade de seus integrantes está pendurada na própria corte. Dos 81 senadores em exercício, pelo menos 41 respondem a inquérito ou ação penal no próprio Supremo, segundo levantamento do Congresso em Foco. A derrubada da decisão dos ministros é articulada pelo ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de 17 investigações na corte. Outros parlamentares do PMDB e do PSDB também enrolados na Justiça planejam reverter a ordem do Supremo no plenário do Senado.


Fonte: Congresso em Foco


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