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Jorge Viana quer reforço de tropas nas regiões de fronteira

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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado vai tratar em audiências públicas, a serem marcadas nas próximas semanas, da ampliação do orçamento das Forças Armadas. O senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente da CRE, defendeu durante sessão, na última quinta-feira, a necessidade de reforço das tropas militares nas regiões de fronteira, principalmente na Amazônia Legal. Ele justificou a medida lembrando que o crime organizado está ampliando sua zona de atuação, deslocando parte de suas operações para a região Norte.


“As forças de segurança e de inteligência estão identificando um deslocamento do comando do crime organizado no Brasil, especialmente da Região Norte”, ressaltou Jorge Viana. “As Forças Armadas vão ter que fazer alguma operação conjunta – nas áreas de fronteira, sempre liderados pelas forças convencionais, polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar –, de combate ao tráfico de armas e de drogas”. Na sexta-feira, 4, o comandante do Exército, Eduardo Villas Boas, fez críticas nas redes sociais ao contingenciamento de recursos da tropa. Programas estratégicos do Exército, como o Sisfron, sistema de vigilância de fronteiras, está sendo gravemente afetado.

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Presidente da CRE, o senador Fernando Collor (PTC-AL) quer a realização de audiências públicas com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e outras autoridades da equipe econômica, para tratar de incrementos orçamentários das Forças Armadas. Collor disse que os debates ganham urgência a partir da atuação dos militares para a garantia da lei e da ordem no Rio de Janeiro, prevista para se encerrar no fim de 2018, e que é chegada a hora de aumentar a fiscalização nas fronteiras, por onde penetram as armas e drogas que alimentam a indústria em torno do crime organizado e do narcotráfico. “Isso vai exigir incremento orçamentário”, disse.


“Tirando as questões econômicas do desemprego, a coisa que destrói a autoestima dos brasileiros é a questão da violência que está em toda parte”, alertou Viana. Segundo os dois parlamentares, a CRE precisa retomar os debates de uma nova norma jurídica para o emprego das Forças Armadas, como no Rio.


VIOLÊNCIA


Durante a sessão, Viana lamentou o episódio da bala perdida que atingiu o bebê Arthur, no Rio de Janeiro, ainda no útero da mãe. A criança ficou paraplégica, não resistiu e morreu. “No ano passado, foram mais de 62 mil o número de homicídios no Brasil”, disse o parlamentar. “Quando a gente faz o paralelo entre número de mortos na guerra Síria e número de assassinatos no Brasil, é uma coisa escandalosa. É uma guerra entre nós mesmos”, lamentou.


“Tem que haver recursos, uma ação programada, na entrada do tráfico de drogas e de armas, fazer uma ação objetiva”, defendeu Jorge Viana. “Não podemos apenas ficar lá na ponta, tentando, com polícia na rua, achar que estamos resolvendo um problema gravíssimo que o Brasil enfrenta na área de segurança”.


Em julho, o senador esteve reunido com o secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias, e a cúpula da segurança pública no estado, para compartilhar informações sobre a mudança na geografia do crime organizado. “O governo federal está diminuindo investimentos em todas as áreas, mas quando você tira dinheiro do programa de defesa, está facilitando a entrada de armas e drogas”, advertiu Viana.


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